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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Sepultamento de menino de 3 anos morto pela própria mãe por ser autista comove RJ

O corpo de Theo Kaio Braga Lopes, de apenas 3 anos, foi sepultado nesta última quinta-feira (8) em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, sob profunda comoção.

Conforme o site CM7, o menino, que era autista, foi tragicamente asfixiado pela própria mãe, que confessou o crime nas redes sociais, chocando a comunidade local e internautas em todo o país.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Theo foi vítima de asfixia mecânica. A mãe, cujo nome não foi divulgado, admitiu o ato bárbaro em uma postagem no Facebook.

“Eu matei meu filho, mandem uma viatura para ele ter um enterro digno”, escreveu a mulher, fornecendo o endereço onde o crime ocorreu. A publicação rapidamente viralizou, gerando revolta e tristeza em quem a leu.

A tragédia tornou-se ainda mais dolorosa quando Kelly Lopes, tia paterna de Theo, revelou que o pai da criança havia tentado obter a guarda do menino para protegê-lo. No entanto, a mãe se recusou a entregá-lo, uma decisão que, tragicamente, antecedeu o assassinato. “Eu entrei para reconhecer junto com meu irmão. Tão pequenininho, tão lindo, uma crueldade o que ela fez”, lamentou Kelly ao sair do IML.

Segundo a Polícia Civil, após cometer o crime, a mãe de Theo foi até sua própria mãe, carregando o corpo inerte do filho, e confessou: “Acabei de matar meu próprio filho”. Desesperada, a avó, com a ajuda de vizinhos, tentou levar o menino a um posto de urgência, mas ele já estava sem vida. A mãe de Theo foi presa em flagrante e conduzida à 124ª Delegacia de Polícia, onde aguarda a audiência de custódia, marcada para esta sexta-feira (9).

De acordo com o delegado André Bueno, a mulher se mostrou apática e se recusou a fornecer detalhes ou motivações para o crime.

“Ela vai responder pelo crime de homicídio praticado contra menor de 14 anos”, afirmou o delegado, ressaltando que a pena pode variar de dois a 30 anos de prisão. O caso, que continua sob investigação, já mobilizou a Defensoria Pública, que aguarda a audiência de custódia para definir os próximos passos da defesa.

A morte de Theo deixou uma marca profunda na comunidade de Saquarema, que agora tenta lidar com a dor de uma perda tão cruel e inexplicável.

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