A Prefeitura de Manaus (AM) anunciou nesta segunda-feira (12) o estado de “mobilização” devido à densa fumaça que cobre a cidade, resultado de queimadas em municípios do interior do Amazonas. A medida, um estágio anterior ao de alerta, foi adotada após três dias consecutivos de alta poluição do ar.
Conforme o site CM7, o prefeito David Almeida apresentou um plano de enfrentamento com dez ações estratégicas, incluindo a criação do Comitê Municipal de Combate às Queimadas, campanhas de conscientização e a promoção de alternativas ao uso do fogo no preparo do solo, como a mecanização agrícola e o uso de calcário.
A campanha publicitária “Sem queimadas, não há fumaça” será intensificada, e boletins informativos serão publicados diariamente.
O prefeito destacou que, desde 2021, a prefeitura incentiva técnicas mais sustentáveis para os produtores rurais. Ele também criticou a falta de ações mais efetivas dos governos estadual e federal na prevenção de incêndios.
O aumento dos atendimentos nas unidades básicas de saúde devido à poluição do ar foi confirmado pela diretora de Vigilância Epidemiológica, Marinélia Ferreira, que aconselhou grupos vulneráveis a evitarem atividades ao ar livre.
As queimadas que afetam Manaus têm origem em municípios como Manacapuru, Autazes, Careiro, Itacoatiara e Manaquiri, que registraram 29 focos nos últimos três dias, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O município de Apuí (AM), foi um dos mais afetados do país, com 90 focos registrados. Essas medidas visam mitigar os impactos da fumaça na saúde da população e garantir a segurança ambiental da capital, mas o sucesso depende da colaboração das esferas estaduais e federais.