Silas Malafaia, organizador da manifestação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, prevista para o 7 de Setembro em São Paulo (SP), prepara a sua mais dura ofensiva contra o magistrado. Conforme o site Metrópoles, pela primeira vez, o pastor pretende usar o microfone em um discurso público para defender a prisão de Moraes.
“Não sei o que as outras pessoas que vão discursar vão dizer. Mas eu direi com todas as letras, na manifestação do 7 de Setembro, o que tem que acontecer com o Moraes. Ele tem que ser preso, porque tem sangue nas mãos. O que ele fez com o Clezão (Clériston da Cunha), que morreu na Papuda, foi criminoso”, declarou Malafaia.
O pastor argumenta que sempre acreditou na existência de uma perseguição contra bolsonaristas e opositores do governo Lula, mas faltavam provas concretas. “As reportagens da Folha de S.Paulo escancaram uma suspeita que já era de todos”, afirmou Malafaia, coordenador do protesto que acontecerá na Avenida Paulista.
Segundo ele, os ataques mais contundentes partirão dele, do senador Magno Malta e do deputado Nikolas Ferreira. O objetivo dos bolsonaristas é intensificar as críticas em relação aos protestos realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano.
A coluna apurou que Jair Bolsonaro ainda está ajustando o tom de seu discurso para a manifestação. A oposição acredita que novas revelações sobre Moraes podem surgir até o dia do evento.
Posição do ministro
Após a publicação das reportagens pela Folha de S.Paulo, Alexandre de Moraes comentou o assunto. “Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, me preocupa a lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de inquéritos já existentes”, disse Moraes, referindo-se aos inquéritos sob sua relatoria no Supremo. “E, obviamente, seria esquizofrênico, eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, me auto-oficiar”, acrescentou.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também se manifestou sobre o tema, defendendo Moraes. “Na vida, às vezes existem tempestades reais e às vezes existem tempestades fictícias. Acho que estamos diante de uma delas”, declarou Barroso.
