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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Queimadas em SP: entenda os efeitos da fumaça sobre a saúde da população

Inalar névoa de incêndios pode causar quadros mais leves, como ardência na garganta, até câncer

A saúde humana é afetada de várias formas pela fumaça de queimadas, como a que polui atualmente o ar que os paulistas respiram. Em menos de oito meses, o estado de São Paulo registrou mais focos de incêndio do que os últimos dois anos juntos.

O tipo mais perigoso de componente da fumaça é o material particulado, formado por uma mistura de compostos químicos. Ele consiste de partículas de vários tamanhos. As menores (finas ou ultrafinas), ao serem inaladas, percorrem o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial (a pele que reveste os órgãos internos). Atingem os alvéolos pulmonares e chegam até a corrente sanguínea.

Outro composto prejudicial é o mais conhecido monóxido de carbono (CO). Quando inalado, ele também atinge o sangue, onde se liga à hemoglobina, o que impede o transporte de oxigênio para células e tecidos do corpo.

Os problemas provocados pela inalação da fumaça de queimadas mais leves são dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.

A poluição das queimadas atinge as vias respiratórias, agravando os quadros de doenças prévias, como rinite, asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ela pode ainda causar problemas mais graves, como insuficiência respiratória e pneumonia, além de alergia.

Os efeitos variam conforme a proximidade dos focos e o tempo de exposição. Podem ir de quadros alérgicos ao câncer, quando o indivíduo é exposto de forma contínua à fumaça. Em um estudo de 2017 publicado na revista Natura, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)apontaram que a fumaça aumenta a inflamação, o estresse oxidativo e causa danos genéticos nas células do pulmão.

A pesquisa concluiu que “o dano no DNA pode ser tão grave que a célula perde a capacidade de sobreviver e morre ou perde o controle celular e começa a se reproduzir desordenadamente, evoluindo para câncer de pulmão”.

Não são apenas as pessoas que vivem próximas às áreas de incêndios florestais que sofrem com a fumaça. Quando as queimadas são mais intensas, a névoa provocada pelo fogo pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.

Para amenizar os efeitos das queimadas na saúde, recomenda-se manter uma boa hidratação, principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos maiores de 65 anos, e manter os ambientes da casa e do trabalho fechados, mas umidificados, com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas.

Em um estudo de 2017 publicado na revista Natura, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontaram que a fumaça aumenta a inflamação, o estresse oxidativo e causa danos genéticos nas células do pulmão.

Fonte: O Globo

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