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domingo, 22 de dezembro de 2024

Florestar e associadas fortalecem ações contra incêndios

Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas (Florestar São Paulo) atua em diferentes frentes para unir forças e ampliar a defesa do estado contra os incêndios rurais.

O setor de base florestal paulista é organizado e eficiente. Atua de forma integrada em todas as etapas, desde o planejamento estratégico dos plantios até a logística e distribuição da matéria-prima, proveniente das árvores cultivadas. Durante os incêndios que atingiram o estado, no fim de agosto e começo de setembro, a resposta imediata das empresas florestais evitou uma tragédia ainda maior.

O agro paulista contabilizou uma área atingida de 230 mil hectares e um prejuízo equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A estimativa da área impactada com florestas plantadas foi de oito a 10 mil hectares, aproximadamente 4% do total. “As empresas associadas a Florestar tem infraestrutura, ações de inteligência e monitoramento, equipamentos e pessoal treinado para prevenir e combater os incêndios rurais com respostas rápidas”, relata a Diretora Executiva da Associação, Fernanda Abílio.

Apesar das condições adversas que contribuíram para a propagação rápida dos focos de incêndio, criando um desafio gigantesco a ser enfrentado, “o setor florestal tem conseguido mitigar os danos, tanto economicamente em áreas plantadas quanto em áreas de proteção ambiental”. destaca a diretora-executiva da Florestar São Paulo.

Com relação aos prejuízos econômicos, o gerente de operações da associada Dexco, Matheus Esteves, explica que mesmo expostas ao fogo, algumas árvores podem ser utilizadas. “Dependendo da idade dos plantios comerciais atingidos e da intensidade do fogo, os eucaliptos ainda podem ser aproveitados, conforme a finalidade e o tipo de processamento”, explica ele.

O presidente da Florestar São Paulo, Manoel Browne, lembra que a associação foi acionada pelo governo do estado, por meio da secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, para participar de um gabinete de crise, liderando uma parceria para contribuir com o monitoramento de áreas de preservação do Estado. “Atualmente as associadas da Florestar fazem o monitoramento de um ativo em mais de um milhão de hectares de plantios comerciais e de 500 mil hectares de vegetação nativa em propriedades das empresas produtoras. Por meio das torres de vigilância, ampliamos o campo de observação para incluir uma área de mais de 700 mil hectares em Unidades de Conservação do estado. No total, passamos de 2 milhões de hectares sob monitoramento preventivo.”

As empresas associadas à Florestar, possuem 63 torres de vigilância. Elas estão estrategicamente posicionadas e equipadas com câmeras de alta definição e longo alcance, o que garante um raio de observação relevante e tempo de resposta ágil. A infraestrutura para combate aos incêndios inclui brigadas fixas e brigadas móveis. São cerca de 150 caminhões-pipa, 500 veículos de apoio, helicópteros, além de mais de três mil colaboradores treinados para respostas imediatas às ocorrências de incêndios. Além dos equipamentos de combate, o setor utiliza tratores, retroescavadeiras e motoniveladoras para a construção e manutenção de aceiros químicos e mecânicos, essenciais na contenção e prevenção de incêndios.

“Apesar de toda esta infraestrutura ser dimensionada para a proteção de ativos florestais, mais de 70% das ocorrências atendidas por nossas associadas ocorrem em áreas externas, vizinhos às áreas plantadas. Só este ano foram cerca de 2 mil ocorrências”, completa o presidente da Florestar.

De acordo com as autoridades, mais de 90% dos incêndios rurais iniciam a partir de ações humanas, voluntárias ou involuntárias. Para evitar que isso aconteça, o setor florestal realiza um trabalho contínuo de educação e conscientização. São realizadas palestras educativas, distribuição de panfletos informativos e treinamentos com colaboradores de entidades públicas. Nestas ações é apresentado um plano de sensibilização e também apresentado a instrução de como e a quem acionar em casos de emergências. Esta colaboração é essencial para assegurar que incêndios sejam evitados e que as ações de combate sejam realizadas com eficiência e rapidez, minimizando danos ambientais e protegendo as comunidades.

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