O juiz Edimilson Barbosa afirmou que Emília Maria de Jesus, de 71 anos, que matou o marido, João Teodoro do Prado, de 66 anos, a facadas no domingo (6), em Paranaíba é de alta periculosidade,
“A necessidade de manter a pessoa presa em razão de sua periculosidade concreta e, com isso, evitar que ela reitere a prática delitual na sociedade”, fisse o juiz ao mantêla presa pelo crime contra o marido.
De acordo com o site Campo Grande News, Emília foi encontrada ensanguentada em frente à sua casa, no Bairro Daniel II, e confessou ter cometido o crime, alegando que agiu em legítima defesa. Ferida, ela foi levada ao hospital e, em seguida, à delegacia, onde foi autuada em flagrante.
Para o juiz, a periculosidade de Emília é evidente: “A periculosidade da flagranteada, em tese, é alta, pois ceifou a vida do companheiro, que já tinha registro anterior de homicídio doloso, por ter, em tese, matado o filho. A prática de sucessivos homicídios familiares demanda uma cautelar maior, neste caso, a prisão preventiva.”
Histórico Criminal
Em setembro de 2020, Emília foi presa após matar o filho, Agmar Quirino de Almeida, de 50 anos, durante uma briga. Ela relatou que Agmar a atacou com uma faca, levando-a a cair no chão. Em meio à luta, Emília pegou a faca e a usou contra o filho, que morreu no local. Na ocasião, a Polícia Militar encontrou Emília ensanguentada na calçada da residência e ela confessou o crime. A perícia registrou 16 ferimentos na vítima. Embora tenha sido presa, Emília conseguiu liberdade provisória e respondia em liberdade.
Quatro anos depois, a idosa volta a ser presa. No domingo das eleições, 6 de outubro, ela matou João a facadas em circunstâncias semelhantes à morte de Agmar.
Testemunhas relataram à Polícia Militar que um veículo deixou Emília em frente à casa onde morava com a vítima, no Bairro Daniel II. Pouco depois, a idosa foi vista saindo ensanguentada e caiu na calçada do imóvel. Ela foi socorrida com ferimentos a faca, mas sem gravidade.
A polícia ainda investiga o que ocorreu dentro da residência do casal, mas vizinhos afirmaram que os idosos brigavam frequentemente, e que Emília apresentava um comportamento agressivo em relação a João Teodoro.