O Secretário do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, está representando o governador Eduardo Riedel na 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16), na Colômbia.
A COP de Biodiversidade (Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica) é o principal fórum global onde os países se reúnem para discutir e negociar ações para a conservação da biodiversidade.
A biodiversidade engloba a variedade de espécies, ecossistemas e recursos genéticos que sustentam a vida na Terra, e sua preservação é essencial para manter o equilíbrio ecológico, garantir a segurança alimentar, combater as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
Vale ressaltar que a COP é um tratado internacional que foi adotado na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992. Seu objetivo é estabelecer agendas, compromissos e marcos de ação para conservar a diversidade biológica e seu uso sustentável, bem como garantir a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do uso dos recursos genéticos.
O Espaço Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), desempenha um papel estratégico na COP 16, localizado na Zona Azul, área central e de grande relevância para as negociações internacionais.
Este espaço serve como uma plataforma de representação do Brasil, destacando os avanços do país na conservação da biodiversidade. É dedicado à promoção de debates técnicos, apresentações de estudos de caso e ao compartilhamento de boas práticas relacionadas à proteção ambiental e às políticas públicas brasileiras, reforçando o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e o desenvolvimento de soluções para a crise global da biodiversidade.
Esta é a primeira COP da Biodiversidade após a estruturação do Marco Global de Kunming-Montreal (GBF – Global Biodiversity Framework, em inglês), assinado por 196 países em dezembro de 2022, durante o último encontro liderado pelos chineses e ocorrido no Canadá.
“A meta é dar continuidade à implementação da lei do Pantanal. Acho que isso foi extremamente positivo, e também a restauração de unidades de conservação visando os indicadores de biodiversidade. Nós destacamos aqui também a certificação de biodiversidade. Então a gente falou aqui do BioBônus, que foi um projeto que nasceu ainda no Mato Grosso do Sul, e que hoje é tocado pela federação das indústrias do Estado. É um projeto que tem de avançar. Mato Grosso do Sul tem uma iniciativa na questão do biobônus, mas está focado na questão dos pagamentos de serviços ambientais. Então, acho que o Mato Grosso mais uma vez presente, mostrando a visão estratégica que tem sobre a questão de sustentabilidade, aí nós estamos falando de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, acrescentou. De acordo com Verruck, a COP-16 tem um foco bastante forte nas comunidades tradicionais.
O documento reúne 23 metas globais a serem alcançadas até 2030 em busca da regeneração de todo o conjunto de vida na Terra. São mais de 18 mil pessoas participando do evento, sendo que a comitiva brasileira integra mais de 500 pessoas de todos os estados do País, incluindo a participação do Ministério do Meio Ambiente, além de muitas organizações não governamentais que vem apresentar na COP os seus projetos vinculados à biodiversidade.
Paralelamente, ocorrem no evento mais de 100 palestras. O titular da Seamdesc representa o Governo do Estado de MS, acompanhado pela superintendente de Gestão de Ativos Ambientais (SUPAMB) Ana Cristina Trevelin.