A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) confirmou um foco de raiva bovina em Chapadão do Sul, próximo ao Rio Aporé.
Conforme foi divulgado pelo site O diagnóstico foi realizado por Fábio Shiroma, coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), após exame em um dos sete animais infectados na área de risco, que se estende de Pouso Frio, em MS, até a região de Vaca Parida, na divisa com Goiás.
Em entrevista à Rádio Patriarca, de Cassilândia, Fábio Shiroma e Fábio Legal, fiscal da Agrodefesa de Goiás, reforçaram a importância de medidas preventivas para impedir que a doença se propague para outras propriedades rurais.
A proximidade entre as áreas rurais dos dois estados motivou uma ação de contenção conjunta com a agência sanitária goiana.
Produtores da região foram orientados a iniciar a vacinação preventiva, não apenas em bovinos, mas também em equinos e caprinos. “A raiva demora de 30 a 60 dias para manifestar sintomas, por isso é essencial que os animais estejam imunizados antes de qualquer exposição ao vírus”, explicou Shiroma.
A infecção por raiva pode ser fatal em três a sete dias após os primeiros sintomas, que incluem perda de apetite, salivação intensa, andar cambaleante, dificuldade em se alimentar ou mover-se, além de marcas de mordidas de morcegos transmissores. Produtores devem ficar atentos à presença de abrigos desses morcegos nas propriedades e reportar qualquer suspeita de raiva à Iagro.
Em casos de contato com animais suspeitos ou agressão por morcegos, cães ou gatos, é essencial buscar atendimento médico imediato, uma vez que a raiva afeta o sistema nervoso central e pode ser transmitida aos seres humanos, representando alto risco de letalidade.
A confirmação do foco reforça a necessidade de vigilância sanitária e vacinação para proteger a saúde dos rebanhos e da população nas áreas afetadas.