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sábado, 23 de novembro de 2024

Mulher é morta por se negar beijar em colega de trabalho em Goiânia (GO)

A Polícia Civil revelou que Marcelo Junior Bastos Santos, colega de trabalho da cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, confessou o feminicídio e descreveu o uso de uma fita crepe, normalmente utilizada para prender as fraldas dos pacientes, como parte do crime.

Segundo o delegado Carlos Alfama, Marcelo forneceu detalhes de como matou Cintia na última segunda-feira (4), em Cidade Jardim, Goiânia (GO). O corpo dela foi encontrado no dia seguinte, ao lado da casa onde ambos trabalhavam, e Marcelo foi preso em flagrante no mesmo dia.

Durante o interrogatório, Marcelo descreveu ter iniciado o ataque com um golpe de estrangulamento conhecido como “mata-leão,” acreditando que Cintia já estava morta ao deixá-la para ir a outro cômodo.

No entanto, ao perceber que ela havia recobrado a consciência e tentava escapar, ele voltou a aplicar o mesmo golpe. Em seguida, utilizou a fita crepe para estrangulá-la, garantindo que a vítima não sobrevivesse.

O corpo de Cintia foi encontrado com as fitas no pescoço e nos pulsos. Segundo o delegado Alfama, a cena do crime apresentava sinais de violência, incluindo marcas de sangue.

Inicialmente, o desaparecimento de Cintia foi denunciado pelo marido, que informou não ter tido notícias da esposa desde que a levou para o trabalho. Marcelo, que também trabalhava como cuidador do mesmo casal de idosos que Cintia, inicialmente alegou que ela não havia aparecido para trabalhar na segunda-feira. Entretanto, imagens de câmeras de segurança mostraram que ela entrou na casa, levantando suspeitas sobre o colega.

Além disso, Marcelo foi visto pedindo uma pá a um vizinho, o que acionou a Delegacia de Homicídios. Durante as buscas, a polícia encontrou terra recentemente remexida e uma cerca elétrica alterada no quintal. Ao inspecionar o imóvel vizinho, que estava desocupado, os policiais encontraram o corpo de Cintia.

Marcelo confessou o crime em detalhes e afirmou ter agido sozinho, como confirmado pelas câmeras de segurança. Ele alegou que atacou Cintia após tentar beijá-la e ser rejeitado. A polícia suspeita também de uma tentativa de estupro antes do feminicídio, e aguarda os resultados de um laudo pericial, previsto para ser concluído em até dez dias.

Quem era Cintia Ribeiro Barbosa?

Cintia, de 38 anos, era cuidadora do casal de idosos há aproximadamente seis anos e era muito querida por eles. Ela havia se casado apenas oito dias antes do crime e deixa o marido e quatro filhos. Uma amiga próxima destacou o carinho que Cintia tinha pelo trabalho e sua dedicação à família e aos idosos que assistia.

(*) Metrópoles

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