A balança comercial de Mato Grosso do Sul registrou um superávit de US$ 6,308 bilhões até outubro de 2024, conforme os dados da Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). As exportações, que totalizaram US$ 8,680 bilhões no acumulado do ano, tiveram uma leve queda de 3,7% em comparação ao mesmo período de 2023, enquanto as importações somaram US$ 2,371 bilhões, marcando uma redução de 4,1%. Veja aqui a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior.
Os produtos que mais impulsionaram as exportações foram a soja, responsável por 32,4% do total exportado, e a celulose, com 24,4% de participação e um aumento de 79,3% em relação ao ano passado. Juntas, essas commodities destacam a força agrícola e industrial do estado, que mantém um saldo positivo na balança comercial.
Em relação às importações, o gás natural segue como o principal item, representando 40,8% das compras internacionais do estado, apesar de uma queda de 10,6% em comparação ao ano passado. Outros produtos relevantes incluem adubos (11,5%) e cobre (7,4%), refletindo a demanda por insumos agrícolas e industriais.
A China permanece como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, absorvendo 47,3% do total. Estados Unidos e Países Baixos aparecem na sequência, com participações de 6,4% e 4,6%, respectivamente. O Estado também registrou crescimento expressivo nas vendas para os Emirados Árabes Unidos (112,8%) e Turquia (14,8%), em relação a 2023.
Os portos de Paranaguá e Santos se destacam como principais rotas de exportação do estado, responsáveis por 37,2% e 35% do escoamento, respectivamente. O município de Três Lagoas lidera o ranking municipal de exportadores, respondendo por 25,4% do total estadual e registrando crescimento de 51,7% sobre o ano anterior. Já Dourados, que ocupa o segundo lugar, sofreu uma retração de 41,3%; Campo Grande (4,9%) e Corumbá (3,8%).
O desempenho por setor também revela que, enquanto a indústria de transformação cresceu 27,9% em valor exportado, a agropecuária e a indústria extrativa enfrentaram quedas, de 30,8% e 26,1%, respectivamente.
Marcelo Armôa, Semadesc