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Três Lagoas
quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Chilenos investem quase R$ 50 bilhões em Fábricas de Celulose nos Estados de MS e RS

O Chile tem sido um grande investidor no setor da celulose no Brasil. Empresas chilenas estão investindo pesado em indústrias dos Estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Em duas construções, os valores somados chegam a quase R$ 50 bilhões.

No estado gaúcho, grandes empresas de multinacional chilena de celulose CMPC irá investir R$ 24 bilhões – um dos maiores investimentos privados da história do Rio Grande do Sul – na nova planta industrial em Barra do Ribeiro e no terminal portuário. O Projeto Natureza CMPC está alicerçado em quatro eixos de desenvolvimento: silvicultura sustentável, infraestrutura logística, crescimento industrial e conservação ambiental e cultural.

Chilenos investem quase R$ 50 bilhões em Fábricas de Celulose nos Estados de MS e RS

Em Mato Grosso do Sul, Inocência também terá uma fábrica de celulose, do grupo chileno Arauco. As obras da unidade, que contam com investimento de R$ 25 bilhões, terão início em 2025, mas hoje já tem mais de 400 trabalhadores e vários maquinários atuando na construção e movimentando a economia da então pacata cidade que tinha pouco mais de 8 mil moradores antes do início das obras.

VALE DA CELULOSE É POTÊNCIA MUNDIAL

Mato Grosso do Sul está crescendo economicamente em vários ramos. Antigamente quando se comentavam do Estado todos pensavam exclusivamente em agropecuária e agricultura, mas com a chegada das gigantes da celulose o cenário mudou e MS já é conhecido mundialmente por ser um grande exportador do setor.

Três Lagoas foi a pioneira na celulose no Estado, na época a VCP, hoje, a Suzano se instalou com duas linhas na cidade. Em seguida, chegou a Eldorado Brasil, com uma linha e existindo a possibilidade de ter a segunda. Poucos anos depois, iniciou-se a construção do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo, que começou a operar em 2024. Um município, com pouco mais de 20 mil habitantes, se tornou um dos mais que mais geram emprego no Estado, graças ao investimento da fábrica.

Mato Grosso do Sul é exemplo mundial quando o assunto é celulose. Com já dito acima, Três Lagoas, pioneira no setor no Estado, abriga duas indústrias e acabou se tornando ‘a professora’ de Ribas do Rio Pardo e Inocência.

Também já foi anunciada a construção de mais uma fábrica na cidade de Água Clara. Na última semana, em uma reunião no Rio de Janeiro, o Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou a vinda da Bracell ao município.

Com isso, o Estado pode totalizar cinco indústrias e nos próximos anos deve se tornar a maior potência do setor no mundo. Também existe a possibilidade da Eldorado ter a segunda linha da fábrica. O anúncio foi revelado pelo próprio diretor-executivo, Wesley Batista, durante um evento na cidade de São Paulo. O investimento deve ser de R$ 25 milhões.

Ao todo, em 2028, Mato Grosso do Sul, estará operando com quatro fábricas de celulose e com a possibilidade de receber a quinta indústria e mais uma linha da Eldorado, o Estado tem de tudo para se tornar a maior potência do setor no mundo. Com as indústrias, também vemos o crescimento do comércio de todas as regiões e do plantio de eucalipto que é a matéria-prima do setor e um negócio que está em alta no Brasil.

Em 2023, foram produzidas 24,2 milhões de toneladas de celulose, das quais 18,1 milhões foram exportadas. Desse montante, 49% foi destinado à China, 24% à Europa, e 15% à América do Norte. O setor foi o quinto item da balança de exportação do agro.

De acordo com o IBA (Instituto Brasileiro de Atuária) Os plantios de eucalipto estão localizados, principalmente, nas regiões sudeste e centro-oeste do país, com destaque para Minas Gerais (29%), Mato Grosso do Sul (15%) e São Paulo (13%).

O setor da celulose gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos em 2022 nos mais de mil municípios presentes, segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

As exportações de celulose em 2023 geraram divisas no valor de US$ 7,9 bilhões. Os investimentos previstos somam R$ 67,4 bilhões até 2028.

Os recursos investidos do setor já são destinados para novas plantas, expansão das áreas cultivadas, pesquisa, desenvolvimento e inovação. Hoje, é aberta em média uma fábrica a cada ano e meio.

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