Apesar de críticas frequentes ao capitalismo e discursos contra o “mercado financeiro” e “banqueiros”, integrantes da bancada de partidos de esquerda na Câmara dos Deputados possuem fortunas consideráveis aplicadas em ativos financeiros, totalizando cerca de R$ 22,9 milhões, conforme declarado à Justiça Eleitoral.
Conforme o colunista Cláudio Humberto divulgou nesta segunda-feira (25), entre os partidos com parlamentares na lista estão PSOL, PCdoB, Rede, PV, PSB e PT. O PSB, que se autodeclara “socialista”, concentra o maior montante com R$ 17,1 milhões investidos.
Esses parlamentares investem em ações, fundos imobiliários, títulos do Tesouro Direto e CDBs, aproveitando oportunidades financeiras sem preconceitos ideológicos. Deputados do PCdoB incluem Renildo Calheiros (R$ 562), Márcio Jerry (R$ 80,2 mil) e Alice Portugal (R$ 7,8 mil).
Petistas, conhecidos por críticas ao Banco Central, possuem R$ 3,3 milhões em investimentos em renda fixa, lucrando com os juros altos da Selic. Destaque para Benedita da Silva (PT-RJ), cujo patrimônio financeiro declarado é de R$ 555.976,78.
Contradições em pauta
A revelação dos dados evidencia uma desconexão entre os discursos políticos e as práticas financeiras de alguns parlamentares. Enquanto criticam o sistema capitalista publicamente, garantem renda passiva por meio de instrumentos clássicos do mercado financeiro.
Essa situação levanta questionamentos sobre coerência ideológica e como esses investimentos impactam o posicionamento político desses representantes.