A construção da planta está prevista para 2025 e a fábrica deve entrar em operação no segundo semestre de 2027. Ao todo, serão gerados em torno de 14 mil empregos no pico da obra. Quando for concluída, a operação empregará um contingente de cerca de 6 mil trabalhadores
A mega fábrica da Arauco, que está sendo construída em Inocência, está levando o desenvolvimento para a cidade de Inocência desde quando foi anunciada. A indústria ainda nem entrou em operação e já mudou a cara do município e ajudou a alavancar toda a economia da região leste, que hoje em dia é chamada de Vale da Celulose.
Hoje em dia, Inocência, cidade considerada pacata e com menos de 10 mil habitantes, vai ver a sua população dobrar, já que no pico da obra da fábrica mais de 14 mil pessoas devem se instalar no município. Atualmente 1.800 colaboradores trabalham na obra de terraplanagem do Projeto Sucuriú.
IMPACTOS
Com isso, surgem novas oportunidades. Mais comércio, hotéis, novas empresas. Uma indústria faz a economia girar, mas nem tudo são flores, já que, com o aumento da população, os serviços públicos como saúde, escolas, creches e moradias precisam de atenção, já que a demanda também aumenta absurdamente.
Os impactos são positivos e negativos. Com a Arauco, milhares de pessoas estão migrando para Inocência em busca de melhores condições de trabalho. Com isso, aumenta o fluxo de veículos e acidentes nas rodovias.
Mas pensando na comodidade da comunidade, neste dia 17 de dezembro, a empresa inaugura a Casa Arauco na cidade. O objetivo é ouvir a população e suas demandas. A intenção é realizar um planejamento sobre os impactos que a indústria pode causar.
Sustentável, a Casa Arauco foi construída 100% em madeira, com sistema de reutilização de água e energia solar, preservando assim o meio ambiente.
CERTIFICAÇÃO
A Arauco é a primeira empresa florestal do mundo a ser certificado como carbono neutro. Desde 2018, empregam o método de neutralidade de carbono para captura e retenção de CO₂ dos produtos florestais. Isso significa que estão empenhados em desenvolver e aplicar soluções que possam reduzir as mudanças climáticas que impactam o planeta.
De acordo com os dados oferecidos pela empresa, o ano se encerra com avanços importantes e ótimas perspectivas relacionadas ao Projeto Sucuriú, que trata-se da primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil.
A fábrica deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose. Dados oferecidos pelo diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco Brasil, Theófilo Militão, apontam que o investimento é de US$ 4,6 bilhões.
CRONOGRAMA
A construção da planta está prevista para 2025 e a fábrica deve entrar em operação no segundo semestre de 2027. Ao todo, serão gerados em torno de 14 mil empregos no pico da obra. Quando for concluída, a operação empregará um contingente de cerca de 6 mil trabalhadores (florestal, fábrica e logística).
A Arauco caminha ao lado do meio ambiente. Entre 2022 e 2024, a empresa realizou coleta de dados na Área de Alto Valor de Conservação Refúgio das Antas, localizada na fazenda Lobo, em Água Clara, com o objetivo de identificar a ocorrência e proteger a fauna nativa.
Foram registradas: 243 espécies de aves; 26 espécies de mamíferos; 42 espécies da herpetofauna, sendo 25 espécies de anfíbios (sapos, rãs e pererecas), 5 de lagartos, 9 espécies de serpentes, 1 de jacaré e 1 de cágado. Entre os animais registrados há espécies muito raras, vulneráveis e ameaçadas de extinção.
LICENÇA
Em fevereiro, o Imasul emitiu a Licença Prévia à Arauco, documento que atesta a viabilidade ambiental do Projeto Sucuriú. Para a emissão da licença, o Imasul realizou a Audiência Pública em Inocência, em agosto de 2023, com a apresentação da Arauco do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Após isso, o Imasul elaborou parecer técnico favorável à emissão da Licença Prévia e o submeteu ao Conselho Estadual de Controle Ambiental (Ceca) que avaliou o parecer e votou de forma igualmente favorável.
Em maio, receberam do Imasul a Licença de Instalação (LI) do Projeto Sucuriú. A LI foi concedida depois de serem observados, pelo Imasul, todos os sistemas de controle ambiental necessários para mitigar os impactos sinalizados na Licença Prévia. Além do dimensionamento dos
equipamentos de produção, a LI detalha medidas, equipamentos e sistemas que garantirão que a construção e a operação da fábrica ocorram dentro dos limites legais e com o menor impacto socioambiental possível.
No final de junho, deram início ao serviço de terraplanagem, que consiste no preparo
da área onde será construída a fábrica. O consórcio formado pelas empresas MLC Infra Construção e Construtora Aterpa foi selecionado para executar a terraplanagem e construção de toda a infraestrutura da fábrica. Essa etapa, que segue até o segundo semestre de 2025, envolve a contratação de cerca de 1.800 profissionais, selecionados pelas empresas do consórcio priorizando trabalhadores da região.
MAIOR DO MUNDO
O Conselho de Administração da Arauco aprovou, em setembro, a construção da primeira fábrica de celulose branqueada no Brasil. Esse é o maior investimento da história da companhia, na ordem de US$ 4,6 bilhões, com capacidade anual de 3,5 milhões de toneladas, sendo o maior projeto de celulose do mundo implantado em etapa única. Desenvolvedora global de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, a Valmet será nossa parceira tecnológica e de equipamentos para a instalação da fábrica.
Em outubro, foi apresentado um diagnóstico elaborado pela Arauco para a construção do Plano Estratégico Socioambiental do Projeto Sucuriú. O estudo trouxe um diagnóstico atual do município e apresentou as demandas que podem surgir a partir da construção e instalação da fábrica.
A partir do diagnóstico, os participantes puderam debater iniciativas para cada eixo temático: Economia (Trabalho e Renda), Saúde, Educação, Assistência Social, Segurança Pública, Transporte, Saneamento, Habitação e Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental. Com as ideias reunidas a partir do estudo, foram formados Comitês Gestores para consolidar, junto à população, as propostas. Em novembro, a Arauco também realizou a 1ª Reunião Pública referente ao Programa de Mitigação da Interferência Urbana, para levantar, junto à comunidade, as principais demandas em cada eixo.