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sábado, 21 de dezembro de 2024

Bolsonaro questiona prisão de Braga Netto por suposta obstrução em investigação já concluída

Quase 13 horas após a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice em sua chapa derrotada em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais na noite do último sábado (14) para criticar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A prisão preventiva foi motivada por suposta obstrução de investigações ligadas à tentativa de golpe em 2022.

Conforme o site Diário do Poder, Bolsonaro questionou o fundamento da prisão afirmando: “Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”. O comentário refere-se ao fato de que o relatório final do inquérito conduzido pela Polícia Federal, com indiciamento de 37 pessoas, já havia sido enviado ao Ministério Público mais de 10 dias antes da prisão de Braga Netto.

Alegações da defesa e justificativa da prisão

A defesa de Braga Netto divulgou nota afirmando que irá comprovar a inocência do general e refutando as alegações de obstrução. De acordo com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-ministro teria tentado acessar informações sigilosas da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O inquérito investiga uma trama golpista que teria como objetivo impedir a derrota da chapa Bolsonaro-Braga Netto em 2022, supostamente por meio de atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

Em uma postagem publicada por volta das 20h, Bolsonaro sintetizou sua crítica com três frases sobre o caso, sem mencionar o nome de Braga Netto:

“A prisão do General”.

“Há mais de 10 dias o ‘Inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP”.

“Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”.

O caso segue repercutindo enquanto a defesa do general busca reverter a decisão, e o STF analisa os desdobramentos das investigações.

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