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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Bolsonaro aposta em nova composição do TSE para tentar reverter inelegibilidade em 2026

Jair Bolsonaro acredita que as mudanças previstas na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto de 2026, poucos meses antes das eleições presidenciais, poderão favorecer seu pedido para reverter a inelegibilidade.

Em entrevista, o deputado federal Eduardo Bolsonaro destacou que Kassio Nunes Marques assumirá a presidência do TSE, enquanto André Mendonça também integrará o colegiado. Dias Toffoli substituirá Cármen Lúcia, considerada por Eduardo “menos equilibrada” que o sucessor.

“Reverter a inelegibilidade amanhã ou próximo à eleição não mudará o sentimento do brasileiro. A nova configuração do TSE para 2026 não vai nos privilegiar, mas será muito mais equilibrada do que com Alexandre de Moraes”, afirmou o parlamentar.

Eduardo ressaltou que a futura composição incluirá ministros de perfis distintos, não apenas indicados por Bolsonaro. “Teremos Kassio Nunes, Dias Toffoli, que muitas vezes é mais equilibrado que Cármen Lúcia, e André Mendonça”, detalhou.

Questionado sobre os caminhos legais para reabrir a discussão sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, Eduardo citou a possibilidade de apresentar fatos novos e ações rescisórias. “Sempre há como [ingressar com pleitos judiciais]. Lula estava preso e inelegível. Aqui é Brasil”, observou.

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em junho de 2023, acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O caso envolveu uma reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho de 2022, considerada pela Corte como um evento de caráter eleitoreiro.

Na ocasião, o tribunal era presidido por Alexandre de Moraes, e o voto decisivo foi dado pela ministra Cármen Lúcia. Ela entendeu que a reunião teve como objetivo influenciar as eleições e ultrapassou os limites da legalidade.

Mudanças no TSE antes das eleições de 2026

Cármen Lúcia deixará a presidência do TSE em agosto de 2026, quando será substituída por Kassio Nunes Marques. O tribunal também contará com André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro, e Dias Toffoli, que assumirá o lugar de Cármen Lúcia como representante do Supremo Tribunal Federal (STF).

O TSE é composto por sete membros: três ministros do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados oriundos da classe dos juristas. A presidência é sempre exercida por um dos ministros do STF.

Bolsonaro e seus aliados acreditam que essa nova composição oferecerá um cenário mais favorável para revisar a inelegibilidade, apostando em interpretações menos rígidas e em possíveis mudanças no contexto jurídico do país.

(*) Com informações do site Metrópoles.

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