A Polícia Civil, por intermédio do Departarmento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), em conjunto com a Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude de Dourados (DAIJI) e 1ª Delegacia do mesmo município, está participando da operação nacional denominada “Banhammer”, que foi deflagrada nesta quinta-feira, 19/12. O objetivo da ação é combater crimes que induzam crianças e adolescentes à automutilação e outras práticas prejudiciais à saúde mental.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a “Banhammer” mobilizou equipes policiais em dez Estados: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rondônia, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Ao todo foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, sendo apreendidos vários equipamentos eletrônicos.
Em Dourados, a operação foi coordenada pela delegada Andréia Alves Pereira, titular da DAIJI. No município, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, na residência de um adolescente de 16 anos de idade, de onde foram apreendidos aparelhos de celulares e notebooks, usados pelo adolescente, para ingressar em uma plataforma digital, cujo servidor era usado por vários usuários que escolhiam seus alvos, dentro desta comunidade e realizavam desafios, tais como cortes na lateral da boca, cortes nos mamilos e após queimá-los em seguida.
Outro ponto do desafio era o uso de água sanitária nas partes íntimas, provocando verdadeiras atrocidades, induzindo à vítima escolhida à sessões de terror psicólogo e físico. Além da indução à automutilação, também a induzia ao suicídio.
Os objetos apreendidos foram encaminhados à perícia. O adolescente infrator responderá por Auto de Apuração de Ato Infracional (AAAI), pelos delitos capitulados no artigo 122, parágrafos 1º e 2º do CPB (indução, instigação ou auxílio ao suicídio ou à automutilação) e artigo 41 da Lei 3688/41 (provocar tumulto ou incitar ao crime).
A delegada Andréia Alves Pereira faz um alerta aos pais para que observem seus filhos e os orientem, pois atrás da tela do celular ou do computador, pode estar uma vítima. “Atos cometidos em ambiente virtual, podem ser revelados e a ação criminosa será duramente combatida. Vale enfatizar que a internet não é terra sem lei”, reforçou.
Para que haja mais segurança na rede mundial de computadores, o Ministério da Justiça e Segurança Pública segue trabalhando em parceria com estados e municípios, para a criação de políticas públicas e ações de combate a delitos em meio virtual.