Após passarem por várias dificuldades, chegando a dormirem no próprio veículo, os dois amigos nunca desistiram e com muito esforço, determinação e foco, conseguiram passar no concurso de agente penitenciário daquele país
Muita gente planeja viver no exterior. Porém, mudar de país não é uma decisão a ser tomada sem pensar e, sem dúvidas, exige planejamento e muita reflexão. Embora haja, sim, uma série de vantagens em viver em outro país, uma mudança tão radical exige uma análise criteriosa dos dois lados da balança. Viver em um clima diferente, mergulhar em outra cultura ou criar sua família em outro país onde há grandes oportunidades. Estes são apenas alguns dos motivos que levam tanta gente a expatriar.
Os três-lagoenses, Luiz Silveira e Gustavo Antônio Martins Carvalho Rosa, que integrava o 5º GBM de Três Lagoas. estão desfrutando deste ‘novo mundo’ na Nova Zelândia, mas nem tudo são flores. Depois de muito perrengue, pelo menos dois deles conseguiram passar em um concurso no país e os sonhos que pareciam tão distantes começaram a virar realidade.
Angelina Dias Nogueira é esposa de um dos concursados e é três-lagoense. Ela conversou com o Perfil News e contou um pouco da história. A mulher relata que conheceu o esposo, o Luiz, em 2019 e, desde o último mês de novembro, ela foi encontrar-se com o marido, levando os filhos para o novo país. A família mora em Whanganui, na Nova Zelândia.
“O Luiz é filho de um padeiro e de uma dona de casa. Ele foi para Nova Zelândia há quatro anos. Em 2019 ele retornou para Três Lagoas e nos reencontramos, nos casamos. Eu trabalhei para uma empresa terceirizada na construção da fábrica da Suzano, de Ribas do Rio Pardo que terminou as obras em 2024, enquanto ele voltou para Nova Zelândia. Ele trabalhava em uma empresa, mas abriu um concurso para agente penitenciário e ele conseguiu passar e daqui a um ano consegue residência”, explicou.
No vídeo acima mostra a dança dos agentes penitenciários, um ritual tradicional daquele pais
Além do Luiz e Gustavo, têm mais três-lagoense concursado em Nova Zelândia. Gustavo Antônio Martins Carvalho Rosa, por exemplo, trabalhava como bombeiro em Três Lagoas. Ele foi até o país tentar uma vaga e conseguiu.
“Saímos do Brasil dia 16 de novembro e a família do Gustavo veio no mesmo voo comigo. Todos somos de Três Lagoas. Eles passaram por momentos muito difíceis. Não é fácil sair do Brasil. Eles passaram por momentos conturbados, chegando a ter que morar no carro, mas quando batalhamos conseguimos chegar ao nosso objetivo”, destacou.
Aos poucos, a família está se acostumando ao novo país. “Ele retornou há dois anos, mas eu cheguei há 40 dias. São histórias de pessoas batalhadoras, tudo é muito difícil. Aqui fiquei abismada com os preços das coisas e a educação das pessoas. Os dois passaram perrengues em busca de conseguir oferecer uma vida melhor para a família”, contou Angelina.
Na sequência da direita para a esquerda: Bianca (de vermelho), Angelina, Luiz, Gustavo, Liliane esposa do Gustavo e as crianças Luiza filha de Luiz e Angelina e filhos do Gustavo e Liliane (Foto: Divulgação)
Como se não bastasse todo esforço para chegar no lugar que conseguiu com muita determinação, Angelina ressalta que Luiz está até apresentando o Brasil para o novo país.
“Fizemos um trabalho falando sobre a cultura do país para ele ser apresentado no trabalho do Luiz. Muitos ficaram querendo ver o Carnaval, mas mostramos as belezas naturais do Brasil, que nem sempre são conhecidas. Belezas de Três Lagoas, de Mato Grosso do Sul também e toda a nossa Cultura e entregando como o nosso país é rico, eles não conseguiam ter essa dimensão”, disse.