Gessyca Luana Rezende de Souza, 23 anos, relatou à mãe no dia 30 de dezembro que evitou ir a um show da dupla Rick e Renner no dia 20, temendo ser assassinada. Apesar de sua precaução, a jovem foi morta a tiros enquanto trabalhava na farmácia do padrasto, na cidade de Cassilândia.
Um familiar, que preferiu não ser identificado, contou ao Campo Grande News que Gessyca havia sido presa no meio do ano em Chapadão do Sul, acusada de envolvimento com drogas. Após sua liberação, sob medidas restritivas, ela foi levada pela mãe e pelo padrasto para Cassilândia, numa tentativa de protegê-la e afastá-la de influências negativas.
A jovem mencionou à mãe que desejava ter ido ao show, mas revelou o medo que a impediu: “Se eu fosse, eles me matavam lá”, teria dito.
Desde que deixou a prisão, Gessyca só saía de casa para trabalhar. Na farmácia, recebeu ligações ameaçadoras durante a última semana de vida. Em uma delas, conforme relato de um colega, uma pessoa alegando ser membro de facção criminosa afirmou que ela estava “na lista” do PCC por suposto apoio ao Comando Vermelho.
O delegado Rodrigo Evaristo, da Delegacia de Polícia Civil de Inocência, confirmou que investiga a possibilidade de o homicídio estar relacionado a atividades de facções criminosas que operam na região.
No entanto, detalhes do caso estão sendo mantidos em sigilo para não comprometer o andamento das investigações.
As câmeras de segurança da farmácia registraram o crime, mas o autor dos disparos ainda não foi identificado ou localizado.