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Três Lagoas
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Ano de 2025 começa com boas expectativas e com investimentos bilionários para Três Lagoas e região

Diferente dos anos anteriores, 2025 promete ser um dos melhores anos para o desenvolvimento e geração de empregos em Três Lagoas e região. O destaque é a celulose que continuará na liderança das exportações do Estado, gerando mais empregos e rendas para os municípios da região

O ano de 2024 foi maravilhoso para o setor da celulose, no Brasil, Mato Grosso do Sul e principalmente para a Costa Leste, que hoje em dia é considerada o ‘Vale da Celulose’. O Estado está crescendo economicamente em vários segmentos. Antigamente, todos pensavam exclusivamente em agropecuária, mas com a chegada das gigantes da celulose o cenário mudou e MS já é conhecido mundialmente por ser um grande exportador do setor.

Ano de 2025 começa com boas expectativas e com investimentos bilionários para Três Lagoas e região

Três Lagoas foi a pioneira na celulose no Estado, em 2007 a VCP, hoje, a Suzano que construí mais uma linha, operando com duas unidades na cidade. Em seguida, chegou a Eldorado Brasil, com uma linha e existindo a possibilidade de iniciar a construção da segunda ainda em 2025. O anúncio da construção da nova linha da Eldorado Brasil, fez Três Lagoas se tornar evidência no mundo todo. Com investimento de R$ 25 bilhões, a obra será a quarta linha de produção de celulose da cidade, algo considerado inédito no planeta.

Logo após o anúncio, rapidamente as notícias se espalharam. Mídias nacionais e internacionais voltaram os olhos para Três Lagoas, que apesar de já ser considerada, deve cravar o apelido de ‘rainha da exportação’. Com o novo empreendimento, a cidade que é a primeira no ranking do Mato Grosso do Sul quando o assunto é exportação, deve seguir ‘líder isolada’ na posição.

POTÊNCIA MUNDIAL

Ao todo, em 2028, Mato Grosso do Sul, operará com cinco linhas de celulose; sendo 03 da Suzano (duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo, uma da Eldorado Brasil e uma da Arauco, que está prevista para entrar em operação em 2028) e na expectativa de receber mais uma linha da Eldorado Brasil. Diante dessa estimativa o Estado tem de tudo para se tornar a maior potência do setor no mundo.

Ano de 2025 começa com boas expectativas e com investimentos bilionários para Três Lagoas e região

Das linhas que estão operando em Três Lagoas, a Suzano garante uma produção de 3,25 milhões de toneladas de celulose ao ano, gerando seis mil empregos diretos, entre próprios e terceiro.

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Por sua vez a Eldorado Brasil, é responsável pela produção de 1.800 milhão de toneladas de celulose ao ano, gerando mais de 5 mil colaboradores. Somados a produtividade das duas empresas, são produzidas anualmente, 5,050 milhões de toneladas, empregando diretamente mais de 11 mil colaboradores. Se somarmos com as vagas indiretas, a conta ultrapassa tranquilamente o dobro pessoas empregadas.

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A unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo foi startada no dia 21 de junho de 2024, porém foi inaugurada no início de dezembro do ano passado. Com um quadro de três mil colaboradores, a fábrica tem estrutura e capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose ao ano, alavancará o Mato Grosso do Sul, no ranking dos estados brasileiro que mais produz celulose.

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Somados a produção de todas as linhas de celulose que estão em operação no Estado, o MS produz 7.105 milhões de toneladas ao ano, gerando 14 mil empregos diretos e a mesma quantidade ou mais de vagas indiretas. Porém, até 2028, esses dados serão alterados quando entrar em operação a fábrica que a Arauco está construindo em Inocência. Essa nova linha que terá investimento na ordem de US$ 4.6 bilhões, quando entrar em operação produzirá 3.5 milhões de toneladas de celuloso ao ano, catapultando o MS como o maior produtor do pais, com mais de 10 milhões de toneladas ao ano.

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Com as indústrias, também vemos o crescimento do comércio de todas as regiões e do plantio de eucalipto que é a matéria-prima do setor e um negócio que está em alta no Brasil.

RETOMADA DA UFN3

Após uma década de paralisação, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) em Três Lagoas deveria ter as obras retomadas em 2024, o que acabou não acontecendo. No entanto, o cronograma de obras já aponta para 2025 com o início das novas atividades. Com mais de 50% da obra já concluída, o projeto tem como objetivo produzir fertilizantes nitrogenados e fortalecer a autonomia do Brasil no setor agrícola.

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UFN3 – Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas que está cm a obra paralisada há 10 anos, mas tem previsão de ser retomada no primeiro trimestre desse ano (Foto: Perfil News)

A retomada é estratégica para o agronegócio brasileiro, reduzindo a dependência de importações de ureia e amônia e oferecendo maior competitividade aos produtores nacionais. Além disso, estima-se que a obra gere cerca de oito mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local.

A UFN3 foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, transformando-os em 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia. O projeto, que teve sua construção iniciada em 2011 e paralisada em 2014, representa um investimento total de R$ 3,9 bilhões. Para sua conclusão, a Petrobras já provisionou R$ 3,5 bilhões e está em busca de parceiros estratégicos para operar a planta.

Além do investimento direto, novos projetos de infraestrutura, como a construção de malhas ferroviárias na região, devem potencializar a logística da fábrica. O governador Riedel destacou que esses avanços transformam não apenas Três Lagoas, mas toda a região, impulsionando um ciclo positivo de crescimento econômico.

NEM TUDO SÃO FLORES

Apesar das indústrias investirem bilhões nas empresas, os problemas das rodovias vão continuar em 2025. Apesar da boa força de vontade do Governo de Mato Grosso do Sul em assumir problemas de rodovias federais, trâmites levam tempo até o Estado conseguir diminuir os números de mortes nas estradas.

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Rodovia BR 262 é uma das mais impactadas pelo trânsito de carretas tritrem que transporte carga de eucaliptos e fardo de celulose (Foto: Ricardo Ojeda)

Recentemente, o governador Eduardo Riedel (PSDB), usou as redes sociais para anunciar que o projeto Rota da Celulose segue firme. O tucano ainda adiantou que o relançamento da proposta fundamental para o escoamento da produção de celulose de Mato Grosso do Sul está previsto para acontecer no primeiro trimestre de 2025.

No último dia 2 de dezembro, nenhuma empresa do setor de logística apresentou propostas ao projeto que previa o investimento de cerca de R$ 9 bilhões, nos próximos 10 anos, em trechos de duas rodovias federais e três estaduais em Mato Grosso do Sul.

Do valor previsto, R$ 6 bilhões seriam destinados a melhorias na infraestrutura e ampliação de capacidade (Capex), enquanto R$ 3 bilhões seriam aplicados em investimentos operacionais. A concessão seria válida por 30 anos.

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O Mato Grosso do Sul tem hoje um projeto de desenvolvimento consolidado e uma relevância no país, o que tem atraído inúmeros investimentos por parte de empresários que se sentem seguros em aportar seu capital no estado. Esse projeto foi muito elaborado com todo aval do governo federal, e com objetivo de garantir ainda mais competitividade aos negócios, além de comodidade e segurança aos usuários”

O leilão envolvia 870 quilômetros de rodovias em cinco trechos do estado. A concessão das estradas é um projeto de grande importância para Mato Grosso do Sul, principalmente devido à proximidade com grandes fábricas de celulose, como as unidades da Suzano e Eldorado Brasil, situadas em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, e a futura instalações da Bracell em Água Clara, respectivamente.

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