Um caso chocante de tentativa de feminicídio foi registrado, na tarde da última segunda-feira (13), em Ceilândia, no Distrito Federal. João Paulo de Oliveira Costa Pereira, de 33 anos, dopou seus filhos com o medicamento Clonazepam (Rivotril) antes de tentar assassinar sua ex-mulher.
O medicamento é prescrito para evitar crises convulsivas e ter propriedades sedativas, e é utilizado no tratamento de transtornos mentais em adultos.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi alertada sobre a tentativa de feminicídio, e quando chegou à casa da vítima, descobriu que o suspeito havia dopado as crianças antes de agredir a ex-mulher.
João Paulo, que estava livre da tornozeleira eletrônica, atraiu as crianças, que abriram a porta e foram dopadas com o medicamento. Em seguida, ele escondeu-se e aguardou a chegada da vítima para iniciar as agressões.
Mesmo com a tentativa de intervenção dos vizinhos, o agressor atingiu a mulher com várias facadas. Em seguida, João Paulo fugiu do local, dirigiu-se a uma barbearia e solicitou um transporte por aplicativo para a casa da mãe, no Riacho Fundo II. O carro foi localizado pela Polícia Militar na quadra 501, de Samambaia, e durante a abordagem, o suspeito não resistiu à prisão.
Em entrevista ao Metrópoles, o soldado Ariel Curado destacou que João Paulo estava tranquilo e frio no momento em que foi detido. Durante o trajeto à delegacia, o homem contou com frieza a motivação do crime, e justificou a dopagem das crianças para que “elas não presenciassem a morte da mãe”. “Ele descreveu a parte de dopar as crianças para que elas não presenciassem o crime”, completou Curado.
A mulher, de 29 anos, e as crianças, de 5 e 9 anos, foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) e levadas para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Ceilândia. Apesar da hemorragia intensa, a mulher foi atendida e está em observação.
Os filhos estavam sonolentos e com vômitos, mas depois da lavagem estomacal, passam bem. João Paulo está detido na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher 2 (Deam 2), e a Polícia Civil investiga o caso.