Mato Grosso do Sul tem se destacado como um dos principais polos de suinocultura do Brasil, impulsionado por um crescimento sólido e iniciativas de sustentabilidade. De 2017 a 2022, a produção no estado aumentou 62%, totalizando 2,7 milhões de suínos abatidos, conforme dados divulgados pelo Sistema Famasul, em 2023 foram mais de 2.900 milhões de cabeças abatidas. A projeção para 2025 é ainda mais ambiciosa, com um incremento de 49%, atingindo um plantel de 152 mil matrizes. Investimentos como a ampliação da capacidade de abate da JBS para 10 mil cabeças por dia e a instalação de uma central de genética líquida pela AgroceresPIC refletem a força e a modernização do setor.
Nesse cenário, a Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (ASUMAS), lidera as ações que promovem a competitividade e a sustentabilidade do setor. O Programa ASUMAS de Sustentabilidade (PAS), é um exemplo disso. Desenvolvido em parceria com a Embrapa Agropecuária Oeste, é uma iniciativa pioneira que busca transformar a suinocultura do estado em um modelo de referência nacional.
O programa promove ações em eixos estratégicos como a gestão de resíduos, o uso eficiente de recursos hídricos e a geração de energia renovável a partir de biodigestores. Além disso, o PAS apoia a implementação de tecnologias para a produção de biometano, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e gerando energia limpa para as propriedades.
“O compromisso da ASUMAS é garantir que nossos produtores estejam preparados para os desafios do futuro, unindo eficiência produtiva e responsabilidade ambiental. Desde o lançamento, o PAS tem sido um guia para a modernização da cadeia produtiva, com ações direcionadas à mitigação de impactos ambientais e ao fortalecimento da governança social e corporativa”, afirma o presidente da entidade, Renato Spera.
Entre os principais resultados do PAS está o incentivo à adoção de biodigestores, que transformam resíduos em biogás e fertilizantes. Essa tecnologia não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, mas também cria oportunidades para a geração de energia e a comercialização de créditos de carbono. A ASUMAS, por sua vez, tem promovido parcerias estratégicas para capacitar produtores e fomentar o acesso a mercados de carbono, consolidando o papel da suinocultura sul-mato-grossense como um modelo de sustentabilidade.
Outro pilar do programa é a transferência de tecnologia e o apoio ao desenvolvimento de políticas públicas que beneficiem o setor. Com a elaboração de manuais técnicos e a realização de eventos, a ASUMAS garante que os produtores estejam informados e preparados para atender às exigências do mercado global. Esse esforço conjunto reforça o compromisso do Mato Grosso do Sul com uma produção suinícola inovadora, eficiente e sustentável.
