A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou, nesta sexta-feira (31) o inquérito policial que apura o assassinato brutal da garota de programa Rosemar Vinck, 45 anos, ocorrido no município de Medianeira (PR).
Conforme o site Metrópoles, o caso ganhou repercussão nacional devido à brutalidade com que a vítima foi morta e encontrada esquartejada e com o corpo dentro de um balde com soda cáustica.
Em entrevista exclusiva à coluna Na Mira, o delegado Walcely de Almeida relatou que o autor do crime, o universitário Stenio Biesdorf Martendal, 23 anos, resolveu ficar em casa enquanto a família dele viajava para a praia. Ele então entrou em contato com Rosemar por meio de um aplicativo e marcou um programa. Rosemar chamou um carro por aplicativo para ir até a casa de Stenio.
Stenio contou que a mulher teria sido morta a facadas após uma suposta discordância no preço do programa. Ele teria “perdido a cabeça” e matado a vítima após ela ameaçar denunciá-lo por estupro caso não repassasse o valor combinado. No entanto, o delegado destacou que ainda não há como confirmar se, de fato, houve relação sexual.
Os laudos do local onde ocorreu o crime e o exame cadavérico ainda não estão finalizados. Os relatórios apresentados pela perícia são fundamentais para confrontar a versão do autor do crime. A polícia também rastrou o celular da vítima e descobriu que ela estava no bairro Condá, em Medianeira, no momento do crime.
Quando os policiais chegaram ao local, Stenio estava muito nervoso e com algumas marcas pelo corpo e manchas de sangue. Ao entrarem na residência, os investigadores acharam o corpo da prostituta.
A Polícia Civil divulgou que o criminoso iniciou um processo de saponificação do corpo da vítima com soda cáustica, transformando a gordura corporal em um composto ceroso, similar ao dos sabões. A suspeita é de que a intenção do assassino era desaparecer com o corpo de Rosemar.
Amigas da vítima contaram à PCPR que Rosemar trabalhava como garota de programa e que teria ido à casa do assassino após os dois combinarem um horário e um preço. Como ela não voltou nem deu mais sinal, as colegas começaram a desconfiar de que algo errado havia acontecido e registraram boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Rosemar.