Um funcionário foi demitido após se recusar a participar de um culto evangélico realizado fora do horário de expediente em uma empresa de seguros em Belo Horizonte (MG).
Conforme divulgou nesta terça-feira (11) o site Metrópoles, o caso foi registrado pelo próprio trabalhador e está sendo investigado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
O presidente da empresa Loovi Seguros, Quézide Cunha, questionou o funcionário sobre sua decisão de não participar do culto evangélico.
O funcionário respondeu que não estava se sentindo bem para participar do evento religioso e foi dispensado pelo CEO.
A defesa do ex-funcionário afirma que a empresa impõe práticas religiosas aos colaboradores como parte de sua cultura organizacional. O caso foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
A Loovi Seguros está sendo alvo de denúncia apresentada pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) ao governo federal, acusada de propaganda enganosa e de atuar de maneira irregular no setor de seguros.
A Susep confirmou que recebeu a denúncia e informou que o caso será analisado conforme os procedimentos legais e administrativos. A primeira audiência sobre o caso foi marcada para março no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A Susep tem até 30 dias para tomar uma decisão sobre o caso, prazo que pode ser prorrogado. A defesa do ex-funcionário afirma que a empresa demonstra total descaso com a liberdade religiosa e está preparada para lutar em favor do direito do trabalhador.