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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Casal pagou R$ 30 mil pela morte de motorista de van em disputa comercial, revela polícia do MS

A morte do motorista de van, Valdinei Marcos da Silva, foi encomendada por R$ 30 mil pelo casal Edson Medeiros Ribeiro, 48 anos, e Mara Isabel de Almeida Lara Medeiros, 49 anos.

Conforme o site Campo Grande News, os dois foram alvos de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na tarde da última terça-feira (11). As ordens judiciais foram cumpridas por equipes das delegacias de Jardim e Amambai.

Conforme divulgado pela Polícia Civil, o crime foi motivado por disputas comerciais. O casal planejou e contratou o ex-policial José Adão Correa e o Mister MS, Alexandre Lanzoni, para executar o assassinato. A investigação também constatou que Edson e Mara estavam ameaçando a vítima e seus familiares.

Testemunhas relataram à polícia que o desentendimento entre um ex-sócio e Valdinei começou após o motorista encerrar a sociedade em novembro de 2024, alegando estar recebendo valores inferiores ao devido. A separação resultou em uma disputa por clientes entre empresas que operavam no transporte de turistas.

Nos relatos, o ex-sócio Edson chegou a fazer ameaças públicas à vítima, advertindo-o para que não se “intrometesse na região”. Uma testemunha que conhecia Valdinei há 17 anos afirmou ter ouvido rumores de que Mara havia contratado alguém para matá-lo.

O casal foi preso em casa na cidade de Amambai, distante 351 quilômetros de Campo Grande. Outros dois endereços ligados a eles também foram alvos de busca e apreensão, incluindo uma outra residência e uma empresa. A investigação segue em andamento na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim.

Valdinei dirigia a van pela rodovia e tinha como passageira uma idosa de 77 anos quando foi abordado por um Fiat Toro.

A testemunha, que saiu ilesa do ataque, relatou à polícia que o motorista tentou reagir, mas não teve tempo e foi atingido por quatro disparos na cabeça. No local do crime, foram encontrados cartuchos deflagrados de calibre 12.

Durante a prisão de Alexandre e do ex-policial José Adão, ambos se acusaram mutuamente pelos disparos, mas confirmaram que a vítima foi baleada com a van ainda em movimento. Em diligências, na casa de Alexandre, a polícia encontrou uma pistola 9mm, duas carabinas e dezenas de munições.

Ao consultar o sistema da polícia, foi constatado que o ex-policial havia sido demitido em 2018 por irregularidades administrativas após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Ele foi condenado por transformar a delegacia de Coronel Sapucaia em um balcão de negócios.

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