Dados da Semadesc mostram ainda que celulose segue como motor da economia de MS, com US$ 394,1 milhões em exportações em janeiro de 2025
O ano de 2025 promete ser mais um ano promissor para a economia de Mato Grosso do Sul. Isso porque o estado começou o ano com crescimento expressivo nas exportações, atingindo um total de US$ 739,4 milhões, um aumento de 0,9% em relação ao mesmo período de 2024. Os municípios de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo dominaram o ranking dos maiores exportadores do estado, impulsionados principalmente pela indústria de celulose.
Conforme dados da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) encaminhados ao Perfil News, Três Lagoas reafirmou sua posição como principal município exportador, com um volume exportado de US$ 229,9 milhões, representando 31,1% do total das exportações estaduais.
O levantamento também aponta que o volume exportado também aumentou, passando de 401 mil toneladas em 2024 para 442 mil toneladas em 2025. Isso reflete um aumento de 30,8%.
RIBAS DO RIO PARDO REGISTRA ALTO CRESCIMENTO
Os dados recentes da Semadesc ainda mostraram que o grande destaque foi Ribas do Rio Pardo, que registrou uma impressionante alta de 5.933,4% em relação ao ano anterior. O município saltou de US$ 3 milhões em exportações em 2024 para US$ 185,3 milhões em 2025, consolidando-se como o segundo maior exportador do estado (25,1%).
Vale lembrar que esse crescimento é resultado direto da inauguração da mega fábrica de celulose da Suzano, cuja capacidade de produção anual chega a 2,55 milhões de toneladas. O volume exportado da cidade também subiu de 7,5 mil toneladas para 345,1 mil toneladas.
OUTROS MUNICÍPIOS APARECEM EM RANKING
Em terceiro lugar, apareceu a capital Campo Grande, que registrou US$ 48,2 milhões em exportações, crescimento de 42,4% no mesmo período de janeiro de 2024 e 2025, ocupando a terceira posição.
Considerada a segunda maior cidade de MS, Dourados, tradicionalmente forte no agronegócio, exportou US$ 27,8 milhões, mas viu uma leve queda de 0,3% em volume. Em seguida aparece Corumbá, influenciada pela mineração, teve uma forte queda de 46,7%, exportando apenas US$ 27,4 milhões, comparado aos US$ 51,4 milhões no ano anterior. Sidrolândia, Ivinhema e Nova Andradina registraram aumento, dobrando ou até triplicando seus valores exportados.
CELULOSE É MOTOR DA ECONOMIA ESTADUAL
O levantamento de comércio exterior da Semadesc ainda detalha que Mato Grosso do Sul registrou um crescimento expressivo em suas exportações em janeiro de 2025, com a celulose liderando o ranking dos produtos mais vendidos ao exterior.
O estado exportou um total de US$ 739,4 milhões, um leve aumento de 0,9% em relação ao mesmo período de 2024.
Os dados da pasta do Governo do Estado do mês de janeiro mostraram que a celulose foi o grande destaque, registrando US$ 394,1 milhões em exportações, um crescimento impressionante de 186,6% em relação ao ano anterior. O volume exportado mais que dobrou, passando de 329,1 mil toneladas para 731,7 mil toneladas.
Vale acrescentar que MS é o detentor da maior produção de celulose do país, responsável por 24% da produção nacional.
OUTROS PRODUTOS
A carne bovina fresca se manteve como o segundo principal produto exportado, alcançando US$ 102,5 milhões, um crescimento de 17,8%. Já o açúcar, que ocupavam a terceira posição em 2024, registrou queda de 11,8%, com exportações de US$ 56,2 milhões.
Alguns produtos tradicionais do estado enfrentaram queda. O farelo de soja caiu 35,2%, somando US$ 45,1 milhões; o minério de ferro também recuou 19,7%, com US$ 23,4 milhões em exportações. E a soja em grãos teve a maior queda percentual, despencando 88,7%, de US$ 144,3 milhões para apenas US$ 16,3 milhões.
(*) Ricardo Ojeda, com informações
