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Três Lagoas
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

Três Lagoas e região são peças importantes desse desenvolvimento devido as fábricas de celulose. Áreas com eucalipto o solo emite menos dióxido de carbono (CO2) em comparação com outros usos e ocupações

Nesta semana, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), foi o entrevistado do tradicional programa jornalístico, o Roda Viva, da TV Cultura. Entre os assuntos debatidos, o tucano ressaltou o Estado vai alcançar meta de carbono neutro até 2030.

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

Durante a entrevista, o governador disse que apostar nesse tipo de empreendimento está dentro da estratégia do Executivo de fomentar atividades que contribuam para o plano de alcançar o status de carbono neutro até 2030. Ele citou que as florestas de eucalipto ocupam áreas que eram de pastagens degradadas e as árvores ajudam a reter carbono na natureza. Além disso, mencionou que o resíduo de biomassa é transformado em energia, mencionando a fábrica de celulose que a Suzano construiu em Ribas do Rio Pardo, que gera a quantidade consumida em uma cidade do porte de Campo Grande.

META PARA 2030

Com amplo crescimento em Mato Grosso do Sul, o plantio de eucalipto é uma peça importante para ajudar o estado a alcançar a meta de ser carbono neutro até 2030. Três Lagoas e região são peças importantes desse desenvolvimento devido as fábricas de celulose. Áreas com eucalipto o solo emite menos dióxido de carbono (CO2) em comparação com outros usos e ocupações.

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

As operações da empresa de celulose Eldorado, em Três Lagoas, por exemplo, capturaram cerca de 4,5 milhões de toneladas de carbono equivalente por ano. O volume sequestrado de carbono na atmosfera é 16 vezes maior do que o emitido por todas as opções próprias da companhia.

Esse sequestro de carbono ocorreu graças as florestas cultivadas pela companhia. Essas árvores são matéria-prima para a produção de celulose e também para a produção de bioeletricidade.

A sustentabilidade da produção de celulose no estado está alinhada com o Plano Estadual MS Carbono Neutro (Proclima), instituído em 2021, que prevê que até 2030 todas as emissões de gases do efeito estufa sejam neutralizadas em Mato Grosso do Sul, antecipando em 20 anos a meta de 2050, estabelecida no Acordo de Paris.

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

Mato Grosso do Sul é o Estado brasileiro com a segunda maior área plantada com árvores, atrás apenas de Minas Gerais. O número reflete o crescimento do setor florestal nos últimos 20 anos. Três Lagoas é pioneira no ‘mundo da celulose’ em MS e o número de fábricas do mesmo não para de crescer.

De acordo com os dados apresentados pelo Governo do Estado, a área de floresta plantada cresceu 436%, passando de 339.772 hectares em 2010 para 1.482.421 este ano. Ano passado, durante a abertura do evento “Florestas 360º”, que reúne profissionais do setor florestal do Centro-Oeste e outros estados, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, disse que existe espaço para mais e quer que o Estado assuma a liderança.

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

A cadeia produtiva florestal gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no Estado, sendo o primeiro em exportação de celulose e o segundo em produção. Em julho de 2024 a Suzano iniciou a operação da sua nova Fábrica em Ribas do Rio Pardo, sendo a maior indústria de celulose de linha única do mundo. Na grande região de Três Lagoas, conhecido como, ‘Vale da Celulose’ estão aproximadamente 1,35 milhão de hectares de eucalipto, 93% da produção estadual.

O MS é 1º estado em produção de madeira em tora para papel e celulose e responde por 24% da produção nacional de celulose (aproximadamente 5,5 milhões de toneladas/ano).

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck também destacou as metas do Estado para se tornar uma potência mundial na produção e destino de grandes empreendimentos. 

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

“Nós queremos no futuro ser um Estado próspero. Então nós vamos fazer todo esforço para continuar crescendo acima da média nacional. Nosso indicador de prosperidade é o Produto Interno Bruto, que nós continuássemos a ser um estado sustentável, e aí nós temos uma meta de Estado Carbono Neutro 2030. Então, todas as nossas políticas públicas, elas têm a questão da sustentabilidade inserida. Que sejamos um Estado Digital e em todas as nossas ações, nós queremos cada vez mais que o nosso cidadão acesse o poder público”, salientou o secretário.

Verruck detalhou o PROFLORESTA, Plano Estadual de Desenvolvimento do setor florestal, que prevê a consolidação da cadeia produtiva de papel e celulose; ampliação e diversificação da base florestal; diversificação da matriz econômica e estabelecimento de uma base industrial competitiva.

BIODIVERSIDADE

Além disso, o secretário apresentou aos participantes a política do Estado Carbono Neutro, alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, preservação da biodiversidade, implantação da política de mudanças climáticas e o Plano Estadual de Transição Energética.

No Roda Viva, governador de MS afirma que Estado vai atingir meta de carbono neutro até 2030

“Esta é uma oportunidade de mostrarmos o nosso setor florestal. MS já tem uma pauta de exportações robusta de celulose, com 23% de participação da indústria. Então, discutimos também os desafios: da moradia, da qualificação da mão de obra, e principalmente o horizonte de novos investimentos”, acrescentou.

No evento, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), destacou que o papel do Estado é ser um “facilitador” para criar um bom ambiente de negócios, que tenha segurança jurídica e desburocratização. Ele citou ainda a importância dos investimentos em logística, infraestrutura, habitação e qualificação profissional.

“Cabe ao Estado ser um facilitador, dando prioridade a um bom ambiente de negócios e assim garantir ao empresário um governo descomplicado, desburocratizado, dando competitividade ao segmento”, afirmou o governador.

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