O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou publicamente sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, em sua rede social, Bolsonaro classificou a acusação formal de “truque” e comparou o processo a regimes autoritários, citando a Venezuela, Cuba e a Bolívia.
Bolsonaro participou de uma reunião com parlamentares da oposição para discutir estratégias de ação após a denúncia da PGR. O encontro foi organizado na casa do líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS). Os parlamentares ouvidos pelo Estadão afirmaram que Bolsonaro estava tranquilo durante a reunião e confiante nas estratégias propostas pelo grupo.
A defesa de Bolsonaro rebateu a denúncia, classificando-a de “inepta”, “precária” e “incoerente”. A defesa também afirmou que a denúncia é baseada em uma “narrativa fantasiosa” do tenente-coronel Mauro Cid. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não há “nenhuma prova” contra seu pai.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa de Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente “jamais compactuou” com qualquer tentativa de golpe. Já o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), comemorou a denúncia durante sua festa de aniversário, afirmando que foi o “melhor presente” que recebeu.
A PGR apresentou a denúncia com base em investigações que duraram quase dois anos. A defesa de Bolsonaro afirma que não há provas contra o ex-presidente e que a denúncia é baseada em uma narrativa fantasiosa. O caso está em curso e pode ter consequências políticas e jurídicas significativas para o ex-presidente e seus aliados.
