Após a divulgação dos vídeos da audiência do tenente-coronel Mauro Cid com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou sua indignação e classificou o depoimento como uma forma de “tortura” e “coação”.
Conforme o site Diário do Poder, essa reação coincide com a opinião do ministro Gilmar Mendes, do STF, que criticou em 2019 e 2023 os acordos de delação obtidos pela Lava Jato com réus presos.
Os vídeos que causaram a reação de Bolsonaro mostram Cid detalhando a suposta tentativa de golpe de Estado e as reuniões estratégicas que discutiam maneiras de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro afirmou que as imagens mostram o ministro Alexandre de Moraes ameaçando a família de Cid, o que teria criado um ambiente de intimidação e coação.
Bolsonaro e sua defesa afirmam que Cid foi pressionado durante o depoimento e que a condução da audiência teria extrapolado os limites legais. O ex-presidente sugeriu que Cid teria sido forçado a confirmar a delação premiada sob risco de punições mais severas. Bolsonaro expressou sua opinião em entrevista à CBN Recife, afirmando que o depoimento foi uma forma de “tortura” e que o ministro Alexandre de Moraes teria ameaçado a família de Cid.
Até o momento, nem o STF nem a defesa de Cid se manifestaram oficialmente sobre as acusações feitas pelo ex-presidente. A situação permanece em aberto, aguardando uma resposta oficial do STF e da defesa de Cid.
A reação de Bolsonaro pode ter consequências políticas e judiciais significativas. A classe de que o depoimento de Cid foi obtido por meio de coação e tortura pode levar a questionamentos sobre a validade da delação premiada e das provas apresentadas. Além disso, a reação de Bolsonaro pode ser vista como uma tentativa de desacreditar o STF e o processo judicial, o que pode ter implicações para a estabilidade política do país.