O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul converteu na última quarta-feira (5) a prisão em flagrante de Maicon Almeida de Oliveira, de 21 anos, em preventiva, durante audiência de custódia na comarca de Dourados.
Conforme o site Campo Grande News, a decisão do juiz Eduardo Floriano Almeida considerou a brutalidade do crime e o risco de reincidência por parte do acusado.
Lutador de muay thai, Oliveira foi preso após matar Carlos Roberto Marani, de 61 anos, com golpes de cotovelo na noite de terça-feira (4), no Jardim Maringá, em Dourados. Ele alegou ter agido por ciúmes ao descobrir um relacionamento entre a vítima e sua companheira. Além do homicídio qualificado, também foi autuado por violência doméstica.
Durante a audiência, o Ministério Público solicitou a conversão da prisão em preventiva, argumentando que a liberdade do acusado representaria risco à sociedade. Já a defesa, representada pela Defensoria Pública, pediu a revogação da prisão, alegando que Oliveira não tinha intenção de matar. O juiz rejeitou o pedido, destacando a violência do crime e a desproporção entre o agressor, jovem e treinado em luta, e a vítima, um idoso.
Em depoimento, Maicon confessou que queria a morte de Carlos. “Eu estava cego de ódio e fui quebrando tudo dentro da casa”, declarou à Polícia Civil. Além do homicídio, ele desferiu um soco no rosto da companheira e apertou seu braço, causando hematomas.
Com a decisão judicial, Oliveira permanecerá detido na carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados até que seja definido seu encaminhamento para uma unidade prisional. A Polícia Civil segue com as investigações.
Entenda o caso
Na terça-feira (4), ao sair para trabalhar ao meio-dia, Maicon teria ordenado que sua companheira ficasse em casa. Ao retornar no fim da tarde e não encontrá-la, seu irmão contou onde ela estava.
O lutador pulou o muro e invadiu a casa de Carlos, que havia saído para comprar carne. Ao encontrar a mulher dormindo no sofá, Maicon a agrediu e a trancou no banheiro com as crianças. Quando Carlos chegou, os dois entraram em luta corporal.
Oliveira alegou que Carlos o atacou primeiro com uma faca e que agiu em legítima defesa, usando suas técnicas de luta para neutralizar o idoso. No entanto, imagens captadas pela perícia revelaram ferimentos de faca no corpo da vítima, contrariando a versão do lutador.