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domingo, 30 de março de 2025

Tereza Cristina e bancada do Agro criticam medida de Lula para baratear alimentos: ‘pontuais e ineficazes’

O governo Lula (PT) anunciou medidas para reduzir preço de produtos como o azeite, café, milho e carnes; Senadora de MS diz que o que barateia alimentos é a safra dos produtores

Após o anúncio de medidas do governo Lula (PT) para conter a inflação dos alimentos, parlamentares ligados ao agronegócio manifestaram oposição à iniciativa. A senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), classificou as ações como “políticas e eleitoreiras” e afirmou que o setor agropecuário não pode ser responsabilizado pelo aumento dos preços.

Em suas redes sociais, a senadora destacou que o agronegócio tem como prioridade garantir o abastecimento alimentar da população e criticou a tentativa do governo de atribuir ao setor a alta nos preços.

“Nenhum setor se preocupa mais com a fartura e a qualidade dos alimentos na mesa dos brasileiros do que o agro. Durante a pandemia, os produtores rurais e a agroindústria garantiram o fornecimento de alimentos. Agora, vemos o governo tentando transferir a culpa pela carestia ao campo, ao invés de corrigir seus próprios erros. As medidas anunciadas são ineficazes e servem apenas como uma cortina de fumaça com objetivos políticos e eleitoreiros”, declarou a senadora.

Tereza Cristina também argumentou que a redução dos preços dos alimentos dependerá da safra que será colhida nos próximos meses e não de ações governamentais.

“O que realmente elevou os custos de produção e impulsionou a inflação foi o desequilíbrio fiscal do próprio governo, que segue aumentando gastos sem sinalizar controle. A queda nos preços dos alimentos virá, não pela importação, mas pela colheita de mais uma supersafra. É assim que o agro reafirma seu compromisso com a segurança alimentar dos brasileiros”, afirmou a congressista.

BANCADA DO AGRO DIZ QUE MEDIDAS SÃO ‘INEFICAZES’

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou as medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conter a inflação dos alimentos, classificando-as como “ineficazes”. Vale lembrar que a senadora Tereza Cristina também é coordenadora da bancada.

Em nota, a bancada argumentou que o desequilíbrio fiscal do governo é o principal fator para a alta dos preços, elevando os custos de produção e impulsionando a inflação, e não a oferta de alimentos. A FPA defende que a colheita da safra brasileira nos próximos meses será a forma mais eficiente de combater a inflação no setor alimentício.

Ainda em nota, a FPA disse que o governo Lula precisa iniciar as tratativas para o Plano Safra 2025/2026 com recursos e juros adequados aos produtores rurais.

LULA TENTA CONTER PREÇO DE ALIMENTOS

Como medida para conter a inflação dos alimentos, o governo decidiu zerar o Imposto de Importação de nove tipos de comida, conforme anunciou nesta noite o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Confira os alimentos que terão tributos zerados:

  • Azeite: (hoje 9%)
  • Milho: (hoje 7,2%)
  • Óleo de girassol: (hoje até 9%)
  • Sardinha: (hoje 32%)
  • Biscoitos: (hoje 16,2%)
  • Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)
  • Café: (hoje 9%)
  • Carnes: (hoje até 10,8%)
  • Açúcar: (hoje até 14%)

A cota de importação do óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subiu para 150 mil toneladas.

Segundo Alckmin, a redução de tarifas entrará em vigor nos próximos dias após serem aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). “O governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço”, declarou o vice-presidente.

Conforme a Agência Brasil, as medidas foram anunciadas após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Alckmin com ministros e empresários, no Palácio do Planalto.

Para o vice-presidente, a medida não prejudicará os produtores nacionais, apesar da concorrência com o alimento importado. “Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores”, declarou.

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