Clube do livro e órtese em 3D para o tratamento ortopédico são os projetos finalistas do Paraná
Um clube do livro para incentivar a leitura entre os jovens e uma órtese em 3D para o tratamento ortopédico. Esses são os projetos finalistas do Paraná que serão apresentados na 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). A maior feira brasileira pré-universitária de ciências e engenharia é realizada na Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 25 e 28 de março, reunindo 300 projetos de 671 jovens cientistas de todo o Brasil.
Entre 2.700 projetos inscritos, os finalistas trazem soluções para problemas locais ou até mesmo globais. Na feira, as iniciativas concorrem a bolsas de estudo, troféus e a chance de representar o Brasil na Regeneron ISEF 2025, a maior feira científica internacional, nos Estados Unidos.
O projeto “Lendo e Aprendendo”, da estudante do 9° ano do Ensino Fundamental – Anos Finais do Colégio Positivo – Jardim Ambiental, em Curitiba, Louise Fátima Silva da Paixão, busca entender como a leitura influencia o desempenho acadêmico. Por meio de uma pesquisa com 91 estudantes entre 12 e 17 anos, realizada em Curitiba e durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2024, foi possível identificar que 43% dos adolescentes leem mais de sete livros por ano. “Durante a pesquisa, percebi que muitos não leem por falta de incentivo. Alguns só leem quando obrigatório. Isso me fez pensar sobre como tornar a leitura mais prazerosa e acessível”, explica a aluna.
Como parte do projeto, Louise criou um clube do livro que se reúne semanalmente para discutir obras literárias. A participação melhorou a capacidade de argumentação e senso crítico dos estudantes, além de promover um ambiente social que torna a leitura uma atividade prazerosa e colaborativa.
Os alunos do Ensino Médio do Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), Leonardo Mugnaini, Yohan Passos e Cauã Eggert, desenvolveram materiais em 3D para o tratamento ortopédico. A partir das dificuldades com o uso do gesso tradicional, os jovens criaram um modelo que utiliza plásticos biocompatíveis, mais sustentáveis e confortáveis para os pacientes.
Após pesquisas, testes e entrevistas com ortopedistas, o resultado foi um modelo eficiente, resistente e muito mais prático. Durante os testes, eles buscaram aprimorar a espessura e a resistência do material, visando resultados com níveis excepcionais de estabilidade e conforto. As órteses 3D se mostraram uma alternativa viável ao gesso tradicional, oferecendo mais praticidade aos pacientes. “As expectativas estão bem altas. Queremos desempenhar nosso melhor, com boas apresentações, porque sabemos qual é nosso potencial e vamos tentar trazer uma premiação para casa”, finaliza Leonardo.