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terça-feira, 1 de abril de 2025

IFMS abre licitações para construção dos campi em Amambai e Paranaíba

Estimadas em R$ 64,7 milhões, obras serão financiadas pelo Novo PAC. Empresas já podem enviar propostas

As empresas de engenharia interessadas em participar das licitações para a construção dos dois novos campi do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), nos municípios de Amambai e Paranaíba, já podem enviar propostas.

Os avisos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 28.

Os processos licitatórios serão realizados na forma de contratação integrada, com as empresas vencedoras responsáveis tanto pela elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia quanto pela execução das obras e demais obrigações, como licenciamento e sustentabilidade.

As duas obras somam investimento previsto em R$ 64,7 milhões, sendo R$ 33,7 milhões destinados à construção do Campus Paranaíba e R$ 31 milhões para o Campus Amambai Povos Originários. Parte dos recursos é proveniente do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ambos processos seguem a modalidade de concorrência eletrônica, com critério de maior desconto. Propostas devem ser enviadas no Portal de Compras do Governo Federal. A abertura dos envelopes está prevista para os dias 30 de junho (Paranaíba) e 2 de julho (Amambai).

Infraestrutura 

Os novos campi terão três blocos com salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, áreas administrativas, além de refeitórios, áreas de convivência e guaritas. Também estão previstas instalações elétricas e para o abastecimento de água, além de sistema de captação e reuso de água da chuva, com foco em sustentabilidade e preservação ambiental.

Para o pró-reitor substituto de Desenvolvimento Institucional, Diego Silva, a abertura das licitações representa um importante avanço no processo de implantação dos novos campi.

“Os valores envolvidos, superiores a R$ 64 milhões, refletem a complexidade e a responsabilidade dessa empreitada. Estamos diante de um momento histórico para o IFMS, e a Prodi [Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional] assumirá, com responsabilidade e competência, o papel de garantir que essas obras entreguem, ao final, infraestrutura de excelência”.

O gestor lista cinco frentes prioritárias a partir da abertura das licitações: gestão da contratação integrada; controle de prazos e qualidade; atenção às exigências legais e de sustentabilidade, como licenciamento ambiental e urbano; articulação com as diretorias locais; e manutenção da transparência e rastreabilidade dos processos.

Paranaíba 

O presidente da comissão responsável por implantar o novo campus, professor Genivaldo Schlick, lembra que essas serão as primeiras contratações integradas feitas pelo IFMS. E celebra o fato de ter concluído com êxito a etapa de elaboração de um pré-projeto.

“Nossa expectativa é que a empresa vencedora da licitação seja idônea e responsável, comprometida com o setor público, e que a obra seja finalizada dentro do prazo estabelecido – 36 meses. O trabalho agora é garantir que o processo transcorra conforme o planejamento, sempre respeitando as questões do edital, como a sustentabilidade e as necessidades da comunidade”, ressalta.

Schlick já vislumbra a autorização para o funcionamento do Campus Paranaíba e a oferta dos cursos regulares.

“O passo seguinte será a liberação dos códigos de vagas e a autorização de funcionamento do campus, essenciais para que possamos ofertar os cursos presenciais. Esse é um momento importante para Paranaíba, com uma obra que reflete um investimento de R$ 30 milhões para o desenvolvimento do município e da região”, completa.

O Campus Paranaíba será instalado em uma área de 50 mil m², localizada na Vila Santo Antônio, às margens da BR-158.

Amambai Povos Originários 

O professor Antonio Viegas Neto, que preside a comissão responsável por implantar o novo campus do IFMS na região sul do MS, destaca que a abertura da licitação é um momento de extrema importância para a instituição.

“O Campus Amambai Povos Originários não é apenas uma obra física, mas um compromisso com a construção de um futuro no qual todos tenham acesso a oportunidades iguais. As expectativas são altas, pois este novo campus representa uma oportunidade única de promover a inclusão educacional de toda a região e valorizar as culturas dos povos originários. Trata-se de um projeto de grande relevância para a nossa comunidade”.

O docente destaca os desafios já enfrentados e os próximos passos do processo de implantação do Campus Amambai Povos Originários.

“Já vencemos várias etapas significativas, desde a escolha da área, aquisição do terreno, elaboração do estudo técnico preliminar até a elaboração do edital de licitação. Em todas, contamos com o apoio incondicional da Prefeitura de Amambai e da comunidade local, sem os quais não teríamos alcançado este marco importante. Os novos desafios são garantir que as obras sejam executadas dentro dos prazos estabelecidos, assegurar a qualidade da obra e, acima de tudo, engajar a comunidade local durante todo o processo”.

O Campus Amambai Povos Originários será construído em uma área de 5,8 hectares, localizada na Rua Castelo Branco, a 500 metros da Avenida Pedro Manvailler, a principal via urbana da cidade.

Novo PAC

Lançado pelo Governo Federal no ano passado, o programa prevê a criação de 100 novos campi dos Institutos Federais em todo o Brasil. O investimento é de R$ 3,9 bilhões.

O anúncio da criação dos novos campi foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integra as ações do governo para melhorar o acesso à educação e fortalecer as instituições de ensino técnico e superior, gerando mais de 140 mil novas vagas em cursos técnicos integrados ao ensino médio.

Saiba mais sobre o programa na página oficial do Novo PAC.

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