Os três assassinatos ocorridos na madrugada desta segunda-feira (31) na área indígena Avaeté foram cometidos com extrema brutalidade por uma mulher de 29 anos, que foi presa horas após o crime.
Segundo as investigações divulgadas pelo site Midiamax, a suspeita agiu sob efeito de álcool.
As vítimas foram Fabiana Benites Amarilha, de 36 anos, sua filha de apenas 1 ano, Mariana Amarilha Paula, e a idosa Líria Isnarde Batista, de 77 anos. Os corpos foram encontrados carbonizados entre os escombros do barraco incendiado.
De acordo com o delegado Erasmo Cubas, as investigações começaram assim que os corpos foram localizados. Testemunhas relataram ter visto uma pessoa deixando a residência momentos antes do incêndio. A Polícia Civil identificou a suspeita, Oragilda Batista Fernandes, de 29 anos, que apresentava queimaduras recentes, compatíveis com o momento do crime. O laudo pericial reforçou os indícios de sua participação.
Inicialmente, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou uma nota afirmando que homens armados teriam invadido o território, disparado tiros e incendiado moradias, mas o documento foi posteriormente retirado do site do órgão. A Polícia Civil descartou qualquer envolvimento de terceiros ou relação do crime com conflitos por direitos indígenas, destacando que a própria acusada pertence à comunidade.
Oragilda foi levada à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), onde será ouvida novamente antes da possível decretação de sua prisão preventiva.