Além das fábricas, setores que atendem demandas das indústrias estão contratando para atender as necessidades das empresas
A celulose é líder quando o assunto é empregabilidade em Mato Grosso do Sul. Além das próprias indústrias conseguirem gerar milhares de empregos, elas também englobam uma série de outros setores que conseguem gerar muitos novos trabalhos ao povo sul-mato-grossense e demais pessoas que chegam em nosso Estado de vários lugares do mundo.
Só para termos uma ideia, as unidades da Suzano de Três Lagoas e de Ribas do Rio Pardo, empregam 9 mil colaboradores. Conforme dados 01 trabalhador suporta as necessidades de três pessoas da família. Neste caso o quadro funcional da empresa atende 29 mil pessoas.
POTÊNCIA MUNDIAL
Mato Grosso do Sul é uma potência mundial da celulose. Três Lagoas é a pioneira no setor, com duas fábricas, sendo duas linhas da Suzano e uma da Eldorado. Ano passado, Ribas do Rio Pardo foi contemplada com mais uma unidade da Suzano que já está operando. Na quarta-feira, a Arauco lançou a pedra fundamental do Projeto Sucuriú, que será construído em Inocência e, em breve, obras da Bracell, provavelmente devem começar em Bataguassu.
Com isso, milhares de pessoas de todos os locais do mundo chegam a Mato Grosso do Sul, principalmente na região de Três Lagoas na busca de melhores condições de vida. No pico da construção de uma fábrica, ela gera mais de 12 mil empregos, como aconteceu em Ribas. Já a construção da Arauco, será necessário no pico da obra a contratação de 14 mil trabalhadores diretos.
Para atender às demandas de uma indústria, comércios são ampliados, além de outros megaempreendimentos que acabam sendo instalados nas cidades e com isso a necessidade de novas contratações.
FALTA MÃO DE OBRA
Com a alta demanda, acaba faltando mão de obra. Algo que já aconteceu em todos os municípios que possuem fábricas de celulose e o que está acontecendo em Inocência, por exemplo. A cidade tinha pouco mais de 8 mil moradores e, no pico da construção da Arauco, a indústria precisa de pelo menos 14 mil funcionários. Ou seja, ultrapassa a quantidade da população. Muitas vezes, a empresa precisa se deslocar para outras cidades em busca de pessoas que queiram trabalhar.
Com as fábricas, o desenvolvimento também chega aos municípios. Um exemplo também são as obras que em breve serão realizadas nas rodovias da região, já conhecida como ‘Vale da Celulose’, devido à quantidade de indústrias.
Com a divulgação da preferência da Bracell para se instalar em Bataguassu, o município já está sentindo o mesmo ‘gostinho’ de desenvolvimento que Três Lagoas passou há algumas décadas.
Além de Três Lagoas abrigar a Suzano e a Eldorado, obras paradas como a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III) devem ser retomadas, deixando a região do ‘Vale da Celulose’ ainda mais rica em geração de empregos.
OBRAS DE LOGÍSTICA
Ainda falando sobre o desenvolvimento que as indústrias levam, o Governo de Mato Grosso do Sul quer realizar obras de recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário composto pelos trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das rodovias Federais BR-262 e BR-267.
Praticamente todas elas, são ‘rotas da celulose’. A MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo, a MS-338, que liga Santa Rita do Pardo a Bataguassu. A MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267. a BR-267, que liga Bataguassu a Nova Alvorada do Sul e a mais movimentada de todas, BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas.
ROTA DA CELULOSE
O investimento é de mais de R$ 10 bilhões e as obras devem beneficiar pelo menos 1,2 milhão de pessoas, gerando 1.100 empregos diretos e indiretos, dando um salto na população que disparou nos últimos anos. Com o ‘boom’ de pessoas, os municípios que tinham ‘cara de interior’ tiveram uma ‘mudança radical’ misturando culturas de vários lugares.
Com o crescimento, vieram e continuam vindo as oportunidades de emprego. Hoje em dia só não trabalha quem não quer na região. Diariamente, vagas para trabalho são disponibilizadas para a população que deseja entrar no mercado de trabalho.
Restaurantes, hotéis, lavanderias, bares, postos de combustíveis e vários outros comércios se instalaram nos municípios. Com isso, os empresários precisaram de mais mão de obra e as vagas de empregos foram aumentando.
Além de todo o comércio, as fábricas de celulose são as que mais empregam, mas assim como aconteceu em Três Lagoas e em Ribas do Rio Pardo, Inocência também está enfrentando um obstáculo: a falta de mão de obra.
DEMANDAS
Apesar de milhares de pessoas estarem buscando a região em busca de trabalho, a demanda é grande e as empresas sempre estão buscando melhorar e aperfeiçoar os seus funcionários.
Para se ter ideia do tamanho da potência do Estado, Mato Grosso do Sul deve ‘carregar’ o Brasil nas costas e promete ser o Estado com maior crescimento econômico do país em 2025. O levantamento projeta alta de 4,4% para o PIB em terras sul-mato-grossenses, superando a projeção mediana das expectativas do mercado financeiro para o crescimento do PIB nacional, próximas de 2%.
