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terça-feira, 15 de abril de 2025

EUA avaliam sanção contra Alexandre de Moraes após denúncia de ex-assessor de Trump

Quatro importantes órgãos do governo dos Estados Unidos deverão avaliar a possibilidade de aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após críticas recentes que ganharam repercussão internacional.

Conforme o site Pleno News, a medida, que pode ter impactos diplomáticos, ocorre após declarações feitas no último domingo (13) por Jason Miller, ex-conselheiro do ex-presidente Donald Trump, que classificou Moraes como “a maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”.

Diante da gravidade do caso, qualquer eventual punição ao magistrado brasileiro precisa do aval de diferentes instâncias do governo norte-americano. A análise inicial caberá ao Departamento de Estado, liderado por Marco Rubio, que já manifestou críticas públicas a decisões de Moraes, como o bloqueio da rede social X (antigo Twitter), chamando a medida de “manobra para minar as liberdades básicas no Brasil”.

O processo inclui também o Conselho de Segurança Nacional, chefiado pelo coronel Mike Waltz, conhecido por seu posicionamento rígido em relação à China e por criticar governos alinhados com o regime de Xi Jinping — o que inclui, segundo ele, o governo brasileiro.

O Departamento do Tesouro também será consultado, já que as possíveis sanções envolvem bloqueios financeiros. Por fim, o Conselho da Casa Branca, que orienta juridicamente o presidente dos EUA, terá de se manifestar antes que qualquer decisão definitiva seja tomada por Donald Trump, caso reassuma a presidência.

Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, interlocutores do governo americano buscaram recentemente informações adicionais sobre Moraes com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, ambos críticos contundentes das ações do ministro.

A eventual sanção marcaria um raro e delicado gesto de um governo estrangeiro em relação a um integrante do Supremo de outro país, podendo agravar ainda mais as tensões diplomáticas entre Brasília e Washington, especialmente se Trump vencer as eleições presidenciais deste ano.

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