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Três Lagoas
terça-feira, 15 de abril de 2025

REVOLTA EM TRÊS LAGOAS: População se indigna com caso de autista agredido em escola e fala em omissão de direção

O caso foi divulgado nesta segunda-feira (14) pelo jornalista Ricardo Ojeda e denúncia de mãe atípica gerou revolta de moradores

Por: Nathália Santos

Três Lagoas está tomada por indignação após denúncia revelada pelo Perfil News. Um caso revoltante envolvendo um adolescente autista de 16 anos, vítima de agressões, humilhações e assédio dentro de uma escola pública, chocou moradores da cidade e gerou uma verdadeira onda de protestos nas redes sociais nesta segunda-feira (14).

O menino, que sofre de autismo, era constantemente intimidado por dois colegas mais velhos: tinha seu lanche tomado, era forçado a beijar os pés dos agressores, agredido com tapas no rosto, ameaçado e obrigado a fazer as tarefas dos colegas. Tudo isso em silêncio, com medo de apanhar.

Mas o que mais enfureceu a comunidade não foi apenas o crime em si, mas a resposta morna da direção escolar, que, mesmo após a denúncia, apenas suspendeu os agressores por três dias. Para muitos, isso é “passar pano” e expor a vítima a um novo ciclo de violência.

“Cadê a justiça? Cadê a proteção para nossos filhos?”

A mãe do adolescente, após saber dos fatos por colegas do próprio filho, procurou a direção da escola, mas recebeu respostas consideradas insatisfatórias. Ela então registrou boletim de ocorrência na delegacia e agora cobra por justiça e segurança. “Quem me garante que meu filho vai voltar pra casa ileso? Que isso não vai acontecer de novo?”, questionou, emocionada.

A comoção nas redes foi imediata. Centenas de mensagens surgiram em apoio à mãe e ao jovem, e em repúdio à postura da escola:

“Como mãe atípica, isso me destrói. Eles não têm noção do estrago que causam num autista. A diretora deveria ser afastada!”, comentou uma internauta.

Outra moradora disse: “Se fosse meu filho, eu ia até as últimas consequências. Isso é crime, não é ‘coisa de adolescente’ não!”, escreveu outra.

Em comentário, outra lamentou o ocorrido e indicou omissão da escola: “Educação vem de casa, sim, mas a escola tem a obrigação de proteger. E essa escola falhou feio”, declarou outra mãe revoltada.

DIREÇÃO EM SILÊNCIO

Até o momento, a direção da escola não se manifestou oficialmente sobre o caso. Apenas um professor comentou, mas sua fala foi considerada “fria e equivocada”, gerando ainda mais revolta.

Moradores exigem punições mais duras aos agressores e cobram do poder público ações imediatas. Alguns pais, inclusive, defendem a expulsão dos alunos envolvidos, a responsabilização dos responsáveis legais e o afastamento da diretora por omissão.

“Isso pode estar acontecendo em outras escolas, com outras crianças”

O caso reacendeu o debate sobre a segurança dos estudantes com deficiência e o preparo das escolas para lidar com situações de bullying e assédio. “O medo maior é: quantas crianças estão passando por isso e continuam caladas?”, questiona um leitor em publicação do Perfil News.

Enquanto a mãe luta por justiça e dignidade para o filho, a população segue atenta, exigindo mudanças e vigilância constante. “Não vamos nos calar. Nenhuma criança merece viver isso. Muito menos uma que já enfrenta tantos desafios todos os dias”, diz uma das mensagens.

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