Um adolescente de 14 anos, morador de Campo Grande, foi identificado como um dos líderes de uma organização criminosa que atuava na internet promovendo crimes de ódio, automutilação e desafios violentos.
A informação foi divulgada na terça-feira (15), durante a deflagração da Operação Adolescência Segura, que apura crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes em sete estados brasileiros.
Segundo a delegada Ana Claudia Medina ,do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), informou a TV Morena na terça-feira (16), o jovem ocupava posição de comando dentro da estrutura do grupo e era responsável por programar, criar e disseminar os conteúdos criminosos. “As investigações revelaram que ele tinha posição de comando, participava das decisões e da programação dos desafios, e possuía conhecimento de eventos criminosos, inclusive acompanhando algumas ações, mesmo que de forma indireta”, afirmou.
A quadrilha utilizava plataformas criptografadas como Discord e Telegram para se comunicar e espalhar conteúdos ligados a crimes de ódio, maus-tratos a animais e incentivo à automutilação. A atuação do grupo vinha sendo monitorada pelas autoridades especializadas em crimes cibernéticos.
Durante o cumprimento dos mandados em Campo Grande, agentes apreenderam computadores, celulares e documentos na casa do adolescente, no bairro Jardim Carioca. Apesar das evidências, ele não foi apreendido, pois não havia situação de flagrante no momento da operação.
A operação resultou na apreensão de sete adolescentes e na prisão de dois adultos, além do cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão em todo o país. Em Campo Grande, cinco endereços foram alvos da ação, sendo quatro deles ligados a pessoas que, de acordo com a polícia, estavam subordinadas ao adolescente na estrutura criminosa.
As investigações continuam, com foco na identificação de outros envolvidos e na análise detalhada do material apreendido. A polícia também reforça o alerta aos pais e responsáveis sobre os riscos da atuação de menores em redes sociais sem supervisão adequada.