O deputado estadual Coronel David (PL) apresentou nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, uma moção de repúdio contra o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), em razão do bloqueio da rodovia BR-060, ocorrido na segunda-feira, nas proximidades de Sidrolândia. Para o parlamentar, a ação do MST foi “criminosa” e representa um grave atentado ao direito constitucional de ir e vir dos cidadãos.
“O MST desrespeita a população ao bloquear estradas, causar transtornos e impor prejuízos econômicos e sociais. Já o PT, nesta Casa, prefere atacar a Polícia Militar, que está todos os dias nas ruas defendendo o cidadão. Essa é a diferença entre direita e esquerda; enquanto nós defendemos a ordem, eles tentam justificar o caos”, afirmou Coronel David, em plenário.
Durante o discurso, o deputado anunciou que enviará ofícios ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e à PRF (Polícia Rodoviária Federal), solicitando autorização formal para que o Batalhão de Choque da Polícia Militar possa intervir de maneira mais ágil em situações como essa. “Se tivesse sido autorizada, a PM resolveria esse bloqueio em cinco minutos, garantindo o livre trânsito a quem depende daquela rodovia”, completou.
A fala de Coronel David provocou reação do deputado Zeca do PT, que saiu em defesa do MST e chegou a se referir à Polícia Militar como “droga”, o que gerou forte repúdio de David.
“Eu não vou admitir que um deputado, que já foi governador, venha a esta tribuna chamar a Polícia Militar de droga. Droga é o senhor! A PM não tem política, atua com base na legalidade, e eu falo com propriedade porque fui comandante-geral da corporação. Nós não somos um bando, como alguns querem insinuar, somos uma instituição que arrisca a vida diariamente pela segurança da população”, rebateu Coronel David.
O parlamentar finalizou reafirmando seu compromisso com a legalidade, a ordem pública e o respeito às instituições. “Manifestação é um direito, sim. Mas não pode passar por cima da liberdade dos outros. Defender o direito de ir e vir e valorizar nossas forças de segurança é dever de quem respeita a democracia de verdade”, concluiu.