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sábado, 23 de novembro de 2024

Marinho diz que assume Trabalho como soldado de Lula

08/07/2005 14h24 – Atualizado em 08/07/2005 14h24

Folha Online

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que aceitou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a pasta, que era ocupada por Ricardo Berzoini (PT-SP). “Sou soldado desse projeto. Aceitei a convocatória [do presidente Lula]”, disse ele logo após se reunir com Lula nesta sexta-feira na Granja do Torto, em Brasília (DF).Marinho admitiu que sua indicação tem alguma relação com a crise política que assola o PT, partido de Lula, e o próprio governo federal. “Assumo com a missão de ajudar o governo a sair dessa crise. O convite foi motivado [por esse cenário]. O cenário é que leva a esse convite.”Segundo ele, Berzoini deverá ser deslocado para o Congresso, onde reforçará a bancada petista na Câmara dos Deputados. “O presidente reforçará a ação no Congresso mas sem desguarnecer a equipe de governo.”Projeto de trabalhoMarinho já elencou quais serão seus principais projetos à frente do Ministério do Trabalho. Entre eles está a discussão da recomposição do poder de compra do salário mínimo (R$ 300). “Nós pretendemos ajudar a pensar numa recuperação do salário mínimo que corresponda à expectativa da sociedade”, afirmou.Como presidente da CUT, Marinho passou os últimos anos defendendo a criação de um plano de recuperação do poder de compra do salário mínimo no longo prazo. Ele disse que sua ida para o governo não mudará seu posicionamento em relação à temas polêmicos, como a necessidade de correção da tabela do Imposto de Renda. “Agora a gente muda o local da trincheira. Vamos para dentro do governo. Internamente eu debaterei todas as minhas opiniões. Externamente, depende: se o governo tem uma posição, é a posição do governo. Se não tem [uma posição], será a opinião do Marinho.”O novo ministro espera ter um bom relacionamento com o conjunto das centrais sindicais. “O ministro tem o papel de se relacionar com o conjunto dos movimentos sindicais.” Ele não acredita que sua ida para o governo vá enfraquecer a CUT. “Temos lideranças gabaritadas e capacitadas para assumir [a presidência da CUT] nesse momento de transição.”

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