26/11/2004 10h17 – Atualizado em 26/11/2004 10h17
DD
O segundo maior deserto da China, na Mongólia interior, esconde enormes reservas subterrâneas de água, revela um estudo publicado na última edição da revista Nature. A descoberta poderá contribuir para suprir a falta de água crônica no Norte do país.
Uma equipe constituída por cientistas chineses, australianos e britânicos encontrou fortes sinais de umidade apenas 20 centímetros debaixo da areia do deserto de Badain Jaran. Uma descoberta que pode explicar a resistência das suas dunas – que com 500 metros de altura são as mais elevadas do mundo – à erosão eólica. «Esta água atua como um agente de coesão, dando às dunas uma resistência contra a erosão e os deslizamentos de terra», afirma o estudo.
O deserto de Badain Jaran tem apenas 40 milímetros de precipitação por ano, com uma taxa de evaporação cinco vezes maior. No entanto, calculam os cientistas, no seu subsolo poderão existir 500 milhões de metros cúbicos de água, provavelmente provenientes do derretimento da neve dos montes Qilian, situados a 500 quilômetros