24/09/2004 10h39 – Atualizado em 24/09/2004 10h39
Diário MS
Um milagre. Essa é a conclusão da equipe do cirugião Eidy Hoshida e pacientes que submeteram-se a cirurgia de redução de estomago em Dourados, depois da reunião de avaliação das primeiras 60 cirurgias realizadas nesta cidade.
Mensalmente a equipe multidisciplinar formada por enfermeira, psicóloga e nutricionista se reúne com os ex-obesos para avaliar o comportamento e quadro clínico de cada paciente em face do tratamento que submeteram.
É o que eles classificam de apoio no pós-operatório, quando os pacientes trocam experiências sobre o que classificam de uma nova vida. Os resultados são tão animadores que os pacientes já articulam a formação da associação dos ex-obesos da grande dourados, a exemplo do que aconteceu em Maringá (PR), quando a equipe do médico Daud completou 1000 cirurgias.
Tem casos que só vendo para acreditar. Um deles é da jovem Marlise Wentz de Frost que no dia 10 último comemorou 1 ano de tratamento e a perca de 73 quilos. A alegria de Marlise é compartilhada por outras pacientes do médico Hoshida que voltaram a ter uma vida normal depois de passar pela cirurgia.
Os pacientes não gostam de recordar da vida que tinha, mas a grande maioria relata que estava no fundo do poço. Pressão alta, problema de coluna, circulação, diabetes, depressão e vergonha, eram alguns dos problemas que afetavam suas vidas. Privações, gozações e problemas de saúde são os relatos mais comuns dos ex-gordos. Muitos já não participavam de festas e até interromperam os estudos.
Zélia Cerveira chegou aos 123 quilos, mas hoje está com 64. “Aconteceu uma revolução em minha vida, vivia no médico com problemas que prefiro nem dizer, mas depois da cirurgia com o doutor Hoshida, voltei a ter alegria de viver”, declarou. Mirian Pareja conta que deu um basta na pressão alta e complicações da coluna após fazer a cirurgia e perder mais de 50 quilos. “Voltei a dormir e ter uma vida saudável”, disse.
Os pacientes dizem que optaram pela cirurgia depois de tentar todas as outras opções, e são unanimes em recomendar a operação. Os sacrificios são pequenos diante dos beneficíos da cirurgia, conta Cássila Bonato que nem quer pensar mais na vida que levava. “Hoje tenho alegria e vivo em paz”, concluiu. (Da Assessoria).