24/09/2004 14h11 – Atualizado em 24/09/2004 14h11
Folha On line
Um funcionário da Embaixada do Egito em Bagdá [capital do Iraque] confirmou à agência de notícias Associated Press o seqüestro de seis civis egípcios e outros quatro iraquianos que trabalham para uma empresa de telecomunicações no Iraque.
Segundo o diplomata, todos os homens trabalhavam para a empresa Iraqna Mobile Net. Entre os iraquianos, dois foram seqüestrados em Bagdá.
No Egito, um funcionário do Ministério de Relações Exteriores, que não quis ser identificado, também confirmou o seqüestro de seis egípcios.
Até o momento, as autoridades do Iraque não confirmaram o seqüestro dos quatro iraquianos e também não deram nenhum detalhe a respeito das capturas.
Nenhum grupo até o momento assumiu a responsabilidade pelos seqüestros. Hoje de manhã, o Ministério do Interior iraquiano havia confirmado o seqüestro de dois engenheiros egípcios.
Outros reféns
Os italianos aguardam com apreensão informações sobre o destino das italianas Simona Torretta e Simona Pari, ambas com 29 anos, que foram seqüestradas há duas semanas e declaradas mortas por dois grupos diferentes.
As autoridades italianas afirmaram que consideram “pouco prováveis” as mensagens divulgadas. O governo do premiê Silvio Berlusconi disse que a população e os meios de comunicação devem manter a “cautela” diante do que pode ser uma “provocação”.
Apesar dos comunicados, nenhuma imagem foi divulgada mostrando-as vivas ou mortas. Ontem um grupo militante islâmico chamado Apoiadores de Al Zawahri divulgou em um site na internet que teria matado as duas italianas seqüestradas no último dia 7, no Iraque.
Nesta quarta-feira um outro grupo de rebeldes iraquianos, auto-intitulado Organização Jihad, anunciou as supostas mortes das italianas. Elas trabalhavam no Iraque para a organização humanitária Ponte para Bagdá.
Violência
Morteiros explodiram nesta sexta-feira próximo à Embaixada da Itália em Bagdá, deixando três iraquianos levemente feridos, informou o Ministério italiano das Relações Exteriores.
A crise de reféns estrangeiros acompanhada da recente onda de violência no Iraque levaram ontem o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, a falar de uma possível exclusão de alguma regiões do Iraque nas eleições gerais que estão marcadas para o mês de janeiro.
Atentados de carros-bombas, tiroteios e seqüestros registrados provocados por rebeldes em várias cidades iraquianas fizeram aumentar as preocupações de algumas autoridades norte-americanas e iraquianas que não vêem o Iraque preparado para as eleições.