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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Ataques a moradores são rotina em SP há mais de três anos

23/09/2004 08h03 – Atualizado em 23/09/2004 08h03

AOL

O Ministério Público de São Paulo divulga amanhã um estudo sobre as agressões contra moradores de rua, no qual é apontado que nos últimos três anos ocorreram 58 casos iguais aos registrados em 2004 – sendo que 24 pessoas morreram.

O estudo, segundo o site do Consultor Jurídico, foi coordenado pelo promotor Carlos Cardoso, assessor especial de Direitos Humanos da instituição. Ele conta que, dos 58 casos, 25 ocorreram no centro velho de São Paulo e 15 deles foram registrados no 1º Distrito Policial da Praça da Sé, centro de São Paulo.

O padrão desses ataques é igual ao dos casos registrados em 2004: uso de objetos contundentes, pauladas, marretadas. Apesar de não fazer especulações sobre o uso político das mortes ocorridas em neste ano e que foram inicialmente atribuídas a membros da Guarda Civil Metropolitana, ligada à Prefeitura de São Paulo, Cardoso critica a falta de ação da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

A reportagem da AOL tentou sem sucesso entrar em contato com o promotor Cardozo.

O promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico, do 1º Tribunal do Júri, designado para acompanhar o caso, também não vê nenhum tipo de uso político das mortes. “Esse relatório é apenas mais uma ferramenta para a investigação”, diz Talarico. “Ele mostra que mortes sempre ocorreram no universo dos moradores de rua, mas só agora despertaram o interesse da imprensa. Mas ainda é muito cedo para fazer suposições.”

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