21/09/2004 10h45 – Atualizado em 21/09/2004 10h45
Após os levantamentos realizados em Campo Grande, referentes aos assassinatos do empresário Antônio Ribeiro Filho, de 63 anos, cometido em Guarujá, e do geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly, de 62 anos, morto a tiros na garagem da residência dele, em São Paulo, a equipe paulista, que esteve em Campo Grande semana passada, considera positivo o resultado das investigações. O delegado seccional de Santos, João Jorge Guerra Cortez, chegou segunda-feira ao Estado de São e fez um balanço da viagem à capital sul-mato-grossense para investigar os assassinatos.
Um dos principais objetivos da viagem sua e dos demais delegados para Mato Grosso do Sul foi interrogar o cabo da PM (Polícia Militar), Nélson Barbosa Oliveira, que está preso no Comando Geral da PM do Estado, por força de dois mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça paulista. Ele invocou o direito constitucional de permanecer calado e nada informou à equipe paulista de investigação.
Ribeiro foi executado com três tiros de pistola calibre 380, em 5 de agosto, quando caminhava no calçadão da Praia das Pitangueiras. Em 20 de julho, na área do 89º DP da Capital (Portal do Morumbi), já o geólogo foi executado na garagem da casa dele, em São Paulo. A perícia dos projéteis que atingiram as vítimas revelou que eles foram disparados pela mesma arma.
Por meio de fotografia, testemunhas do assassinato do geólogo reconheceram o policial militar Nelson Barbosa de Oliveira, como o autor do crime. Ele teria hospedado-se no Hotel Rio, nas Pitangueiras, três dias antes do assassinato de Ribeiro e ido embora na mesma data do homicídio. O hotel está situado em frente ao flat onde Ribeiro residia com a mulher.
Por esse motivo, além de ter sido reconhecido como o matador do geólogo — que realizava estudos em terras pertencentes a Ribeiro em Mato Grosso — o policial militar Oliveira também é suspeito da morte do empresário
Mais dois acusados de ligação na morte do empresário estão presos. O agente policial Eduardo Minari Higa, de 40 anos, e o agente aposentado Ezaquiel Leite Furtado, de 54, ambos da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, encontram-se no Presídio da Polícia Civil de São Paulo, na Capital.
Por ocasião da morte do empresário, os agentes estavam hospedados no mesmo flat onde morava a vítima. O crime ocorreu pela manhã e a dupla foi capturada à noite, no Aeroporto de Congonhas, na iminência de embarcar em um vôo com destino a Campo Grande.
Alberto Aparecido Rodrigues Nogueira, o Betão, de 43 anos, outro suspeito de envolvimento na ação está foragido. Betão hospedou-se no Hotel Rio junto com o policial militar Oliveira e também teve a prisão temporária decretada pela Justiça, mas está foragido. Uma mulher, possivelmente sul-mato-grossense está foragida e ainda não foi identificada. A Polícia não descarta a possibilidade dela também ser policial. As informações são do Jornal A Tribuna.
Fonte:Midiamax News