23/09/2002 11h22 – Atualizado em 23/09/2002 11h22
RAMALLAH, Cisjordânia – O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, rejeitou nesta segunda-feira as demandas israelenses pela entrega de uma lista com os nomes das pessoas entrincheiradas a seu lado no que restou de seu quartel-general na cidade cisjordana de Ramallah. O Exército de Israel permitiu que o chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erekat, entrasse no complexo presidencial sitiado, para informar Arafat sobre as conversas que manteve no começo desta segunda-feira com israelenses – as primeiras desde o início do sítio ao QG na quinta-feira.
O complexo de prédios foi cercado na quinta-feira em retaliação a dois atentados suicidas que mataram nove israelenses em 48 horas. O Exército de Israel destruiu a maior parte dos prédios do quartel de Arafat. As demolições foram suspensas no domingo. As escavadeiras foram retiradas do local, mas tropas e tanques de Israel continuam a cercar Arafat. Erekat disse que o Exército de Israel se recusou a mostrar a lista de pessoas procuradas por suspeita de envolvimento com terrorismo que estariam no QG.
De acordo com Erekat, o Exército de Israel pediu que os palestinos apresentassem uma lista mostrando os nomes de quem está no complexo e identificando suspeitos de envolvimento com o terrorismo.
- Arafat rejeitou a proposta israelense – disse Erekat, afirmando que o líder palestino pediu conversações sobre assuntos políticos e militares com Israel. Arafat disse que a reunião deveria ter a participação de oficiais americanos.
O fracasso nas negociações desta segunda-feira desferem um novo golpe nas esperanças de uma suspensão rápida do cerco ao líder palestino, e representam ainda uma derrota dos esforços internacionais para pôr fim a dois anos de violência renovada entre palestinos e israelenses.
Fonte: Globo News