14/03/2014 09h14 – Atualizado em 14/03/2014 09h14
Conjuntura
Coluna diária com os mais diversos tópicos políticos do Mato Grosso do Sul
Williams Araújo
ESTAVA ESCRITO
O desfecho já era anunciado e, mesmo assim, nada foi feito pelo até então prefeito Alcides Bernal (PP) para mudar o curso da história. Ele preferiu a guilhotina a ter que sair do salto e buscar apoio de quem o ajudou a chegar ao poder, por ocasião do segundo turno das eleições.
Os partidos até tentaram se aproximar e garantir sua governabilidade, mas ele dispensou solenemente e deu no que deu.
TROCA TROCA
Até o momento, uma mudança pelo menos vai acontecer na Câmara de Vereadores. Sai Alex do PT, que lutou bravamente na defesa de Bernal na Casa, e retorna Thaís Helena (PT). Ela havia se ausentado para assumir a Ação Social na gestão Bernal. Entretanto, 2014 está só começando e pode trazer mais surpresas à Casa de Leis.
Isso porque, cinco dos atuais vereadores dependem de decisão do TSE para se manterem no cargo. Entre eles, o peemedebista Mário César, atual presidente do poder.
PRECAVIDOS
Os oposicionistas de Bernal devem ser os primeiros a dar apoio ao novo prefeito Gilmar Olarte. Já os tucanos, apesar de terem votado pela cassação, devem atuar de maneira independente. O motivo para essa atitude é o pleito estadual de outubro, onde o seu líder Reinaldo Azambuja deve enfrentar o governador André Puccinelli (PMDB) na vaga do Senado.
Até aqui, pelo menos, tudo indica que esse confronto entre eles será inevitável. Definição mesmo só após as eleições.
OUTRO LADO
Diferentemente do PSDB, o PT deverá fazer oposição declarada ao novo prefeito. Tudo porque, o partido entende que teve dedo de seus adversários na derrocada de Alcides Bernal, a quem defendeu como pode no Legislativo. Mas como águas passadas não movem moinho, os petistas não devem chorar o leite derramado e, sim, se armar para o embate que devem travar na Casa.
Bom de discurso, Zeca do PT deverá assumir esse papel e ser a voz forte da oposição.
PREJUÍZOS
As atenções estão voltadas agora para as declarações das principais lideranças políticas do Estado, especialmente por aquelas que vão disputar o Parque dos Poderes. Afinal, o segundo maior orçamento do Estado muda de mãos e pode ser decisivo no jogo da sucessão, que acontece no dia 5 de outubro.
De um jeito ou de outro, um dos lados perde, e muito, com essa guinada no comando da Capital. O lado perdedor, certamente, começa a correr atrás do prejuízo antes que seja tarde demais.