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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

CONJUNTURA

16/04/2014 10h11 – Atualizado em 16/04/2014 10h11

Conjuntura

Coluna diária com os mais diversos tópicos políticos do Mato Grosso do Sul

Williams Araújo

EM ÓRBITA

Desidratado em Mato Grosso do Sul, o DEM do deputado federal Luiz Henrique Mandetta ainda flutua e não sabe qual o rumo certo a seguir na campanha eleitoral deste ano. Apesar de ser primo de Nelsinho, o democrata está cético em relação ao melhor projeto de aliança.

O pior é que a cúpula do Democratas desaprova a união com o PT, de quem é adversário figadal, e também com o PMDB, partido ligado umbilicalmente ao Palácio do Planalto.

PLATÔNICO

André Puccinelli (PMDB) não quer nem saber se a companheira Dilma está mais queimada do que carvão em churrasqueira por conta do escândalo da Petrobras, quer mesmo é ser seu cabo-eleitoral em Mato Grosso do Sul na campanha deste ano. Tanto é que voltou a reforçar ontem o que já vem dizendo há muito tempo.

Embora seu partido, por desejo do pré-candidato Nelsinho Trad, não tenha esse mesmo interesse, o italiano diz que essa sua decisão é de cunho particular e vai cumprir o prometido.

OPOSTOS

Aliás, o desejo de André ao se contrapor com o do correligionário mostra claramente as voltas que a política dá. Em passado recente, mais precisamente em 2010, quem não abriu mão de apoiar a eleição da petista ao Palácio do Planalto foi ninguém menos que Nelsinho Trad. À época, André preferiu contrariar o ex-prefeito e pedir votos para o tucano José Serra.

Desta vez, o jogo se inverteu e, eles, novamente, jogam em times opostos. Resta saber quem vai ser o pé quente da vez. Na primeira deu Nelsinho.

MOTIVOS

Na esteira de Puccinelli no apoio a Dilma vem outro peemedebista de peso. É Jerson Domingos, presidente da Assembleia Legislativa e já com um pé dentro do Tribunal de Contas do Estado a partir de 2015. Mas o interesse dele, neste caso, é por razões bem diferentes da do italiano.

Tem nesse seu projeto o seu cunhado, Pedro Chaves (PSC), doido para assumir a vaga de Delcídio no Senado. Mas antes, claro, precisa eleger o petista ao Parque dos Poderes.

CAMPO MINADO

Não é só o PMDB que vai ficar dividido durante as eleições de outubro. Caso o PSDB componha a aliança com o PT, ambos vão se juntar em alguns momentos e se afastar em outros por conta exatamente de suas candidaturas nacionais. Nem Reinaldo Azambuja vai pedir votos para Dilma e nem Delcídio vai subir no palanque do tucano Aécio Neves.

No plano nacional, PT e PSDB são como ‘água e óleo’, não se misturam de jeito nenhum. Por aqui, vão se aturar e só.

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