Williams Araújo
NOVIÇO
Se nenhum imprevisto de última hora aparecer para atrapalhar os planos, o médico Ricardo Ayache (PT) deverá ser mesmo o candidato ao Senado na chapa de Delcídio Amaral (PT) ao governo. Estreante na política, o ex-presidente da Cassems pode pintar com um discurso novo e surpreender os demais postulantes ao cargo.
No entanto, quem tem o favoritismo para ocupar o Salão Azul do Congresso é Simone Tebet (PMDB), primeira a lançar-se na disputa.
APOSTOS
O staff do candidato ao Parque dos Poderes, Delcídio Amaral, começa a se organizar para a convenção e, posteriormente, para colocar o bloco na rua. Capitaneada por nomes de proa da política sul-mato-grossense, a campanha petista terá, por meio de seus integrantes, experiência de sobra para errar o mínimo possível.
A começar pelo peemedebista Jerson Domingos, que deve se licenciar do partido para coordenar todo o processo.
OPORTUNO
Candidato do PMDB à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), Nelsinho Trad tem aproveitado espaço providencial do partido no rádio e na TV para alavancar sua candidatura. Em programetes, fala das conquistas alcançadas pela gestão peemedebista ao longo dos anos e, indiretamente, fala em consertar aquilo que está errado, porém, mantendo o desenvolvimento.
Com isso, ele deve fazer-se ainda mais conhecido do eleitorado sul-mato-grossense.
DIVIDIDO
Os pontos mais sensíveis da candidatura de Nelsinho Trad ao governo estão na desunião do partido e, agora, mais recentemente, na escolha do nome de Eduardo Campos (PSB/PE) para a Presidência. Com essa última decisão, o que já não estava bom ficou ainda pior.
No entanto, ele aguarda as convenções para tentar contornar toda essa situação. Com tempo curto, sabe que é humanamente impossível reverter essa situação criada. O jeito é remar contra a maré.
ALERTA
Embora não tenha trazido nada de novo, a reportagem de domingo do Fantástico sobre corrupção serviu para aumentar o ceticismo do eleitor quanto aos políticos que ele mesmo elegeu. De mau humor desde o ano passado – por ocasião dos violentos protestos no país -, deve dar um refresco em período de Copa do Mundo e voltar à carga toda por ocasião das eleições.
No mínimo, vai querer radicalizar em sua escolha e votar em novos nomes.