Williams Araújo
Conta alta
O senador Delcídio do Amaral vai cobrar da Executiva Nacional do PT a fatura do seu insucesso eleitoral com juros e correção monetária. Afinal, ele costurava uma aliança com os tucanos na qual Reinaldo Azambuja – o hoje eleito governador de MS – seria o candidato ao Senado em sua chapa.
Diante dessa negativa, não lhe restou alternativa senão a de lançar mão de um noviço para disputar a vaga. Sem falar do tempo perdido, que acabou resultando em água.
Renegado
Depois de ser expulso do ninho, o advogado e psicólogo José Chadid vai ocupar em definitivo uma das vagas do PSDB na Câmara de Vereadores da Capital. Com a eleição da titular, professora Rose Modesto, à vice-governadora, ele será guindado ao mandato por ser o primeiro da lista de suplentes.
O que ninguém sabe, no entanto, é que postura ele irá adotar no Legislativo. O PSDB, como todos sabem, faz parte da base de sustentação do prefeito Gilmar Olarte (PP).
Calmaria
O governador eleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), não deverá ter problemas de apoio na Assembleia Legislativa. Com o arco de aliança formado no segundo turno das eleições, terá maioria com folga para referendar sua administração e, consequentemente, os projetos enviados pelo Executivo. Mas o que está na pauta de discussão, neste momento, é eleição da Mesa Diretora.
O PMDB, com seus seis deputados, já deu sinais de que quer presidir a Casa.
Troco
De origem humilde, a ‘família Modesto’ mandou bem nestas eleições. Com volta triunfal ao Legislativo após viver acuado em vaga alheia, o professor Rinaldo foi aprovado pela população com quase 30 mil votos e se transformou num forte nome tucano para liderar o partido ou até mesmo para figurar na futura
Mesa Diretora.
Já outro membro do clã, professora Rose, se elegeu a vice-governadora do Estado. E a base de ambos sempre foi a educação.
Marca
Com o fim do processo eleitoral, o Tribunal de Contas do Estado voltará a ter seu número de conselheiros – 7 no total – completo. É que o escolhido para a vaga daquela Corte foi emprestado à campanha do tucano Reinaldo Azambuja e agora deverá assumir o cargo imediatamente. Osmar Jerônymo deixa na vitória tucana o DNA de André Puccinelli (PMDB).
O peemedebista, como é de conhecimento público, agiu como um polvo, ou seja, estendeu seus tentáculos a cada uma das candidaturas ao governo.