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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Pajelança

Williams Araújo

Pajelança

Apesar de estar na iminência de encerrar sua longa carreira na Assembleia, onde sempre reinou com maestria na condição de líder político bem articulado e de desempenho institucional infalível, o deputado estadual Londres Machado (PR) continua sendo o centro das atenções no Parlamento Estadual.

Basta ver o movimento diário em seu gabinete, onde prefeitos, deputados, vereadores e lideranças políticas de vários partidos têm procurado o cardeal para pedir orientações e trocar impressões sobre a política estadual.

Distraído

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) protocolou pedido junto à Mesa Diretora da Assembleia no qual solicita informações sobre autorização da Casa ao governo para a venda de terrenos no Parque dos Poderes.

Tal solicitação causa estranheza, uma vez que o parlamentar mostra que não sabe dos fatos que se passam por lá onde ele atua. Em todo caso, a Assembleia vai ter que se posicionar sobre o assunto e dar as devidas explicações o mais rápido possível.

Pratos limpos

Com o anúncio oficial do secretariado só para o dia 15 de dezembro, o governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) vai dedicar o tempo até lá para ter uma radiografia completa do Estado e, assim, escolher sua equipe de colaboradores de acordo com as necessidades de cada pasta.

Por enquanto, o foco central do tucano é obter o máximo de dados possível para que nada sob sua gestão sofra solução de continuidade. Em tempos modernos, agilidade é fundamental.

Turbulência

A crise financeira da prefeitura de Campo Grande foi alvo de debate na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. Os deputados questionaram as obras paralisadas, aumentos de impostos e o não cumprimento do reajuste salarial dos professores.

“Campo Grande sempre foi referência para os demais municípios do Estado. Com uma capacidade de investimento surpreendente, a Capital continuamente foi um modelo de desenvolvimento. É lamentável ver a prefeitura não honrar os compromissos. A pergunta é: o está acontecendo?”, questionou o deputado Junior Mochi (PMDB).

Mais pressão

A bancada do PT também está preocupada com a situação. “Nunca aconteceram atrasos salariais em Campo Grande. A população não está sabendo a verdade sobre a gestão da Capital. Está na hora de o prefeito responder os questionamentos do povo”, alfinetou o deputado Cabo Almi.

Amarildo Cruz classificou o cenário como vexatório. “O pior é que não existe uma perspectiva de resolução dos problemas”. Pedro Kemp reforçou as críticas, fazendo um apelo ao prefeito. “Receba os professores e cumpra o piso salarial nacional”.

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